Campanha de vacinação contra poliomielite começa a partir da segunda-feira em SC

Santa Catarina inicia na próxima segunda-feira, 27 de maio, uma campanha de vacinação contra a poliomielite, voltada para crianças menores de 5 anos. A ação, que segue até o dia 14 de junho, inclui um “Dia D” de mobilização em 8 de junho, um sábado. O objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal, alcançando crianças que ainda não foram vacinadas ou que possuem a caderneta de vacinação incompleta, visando prevenir a reintrodução do vírus causador da paralisia infantil no estado.

De acordo com Arieli Schiessl Fialho, gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), em uma entrevista cedida ao grupo ND+, a última ocorrência de poliomielite em Santa Catarina foi registrada em 1989, graças às altas taxas de vacinação. No entanto, desde 2018, o estado não alcançou a meta de 95% de cobertura vacinal recomendada pelo Ministério da Saúde, o que aumenta o risco de reintrodução do vírus.

As autoridades de saúde do estado estão convocando os pais e responsáveis a levarem suas crianças para vacinar, reforçando a importância da vacinação para a proteção coletiva e a erradicação definitiva da poliomielite. Centros de saúde em todo o estado estarão preparados para receber o público-alvo da campanha durante este período.

Poliomielite ou paralisia infantil

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, juntamente ao Ministério da Saúde, a poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

A transmissão do poliovírus ocorre principalmente por contato direto entre pessoas, através da rota fecal-oral. Isso pode acontecer quando objetos, alimentos ou água são contaminados com as fezes de indivíduos infectados ou portadores do vírus. Além disso, a transmissão também pode ocorrer pela via oral-oral, por meio de gotículas expelidas durante conversas, tosses ou espirros. Fatores como falta de saneamento básico, condições habitacionais inadequadas e higiene pessoal insuficiente são elementos que contribuem significativamente para a disseminação do vírus.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.

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