Mãe de Isabella Nardoni desabafa sobre vida de Jatobá fora da cadeia

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, expressou sua indignação com os recentes benefícios concedidos pela Justiça de São Paulo a Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina, em 2008. Em entrevista ao jornalista Ullisses Campbell, do O Globo, a bancária desabafou.

“Eu não tenho como não expressar minha indignação por tudo que estou passando novamente. Eu sabia que essa hora iria chegar, mas a gente nunca espera que seja tão rápido”, disse ela.

Na última segunda-feira (4/3), o jornalista mostrou que Jatobá,  atualmente cumprindo pena em regime aberto, foi autorizada nos últimos meses a participar da formatura do filho, a passar férias no litoral paulista e até a ser madrinha em uma festa de casamento.


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Anna Jatobá e Alexandre Nardoni, pai de Isabella, foram condenados no Tribunal do Júri, mesmo se dizendo inocente, a 26 e 30 anos, respectivamente.

“Parece que foi ontem que minha filha foi assassinada. Hoje eles estão soltos; ele no regime semiaberto, e ela vivendo vida boa de luxo no aberto. (…) Fico revoltada porque ela ainda está pagando pena, mas goza dos mesmos prazeres das pessoas que nunca cometeram crimes”, lamentou a mãe de Isabella.

Em liberdade no regime aberto, Anna Jatobá tem algumas regras, como, por exemplo, estar em casa das 20h às 6h. Ainda assim, a Justiça permitiu exceções. “Minha filha também estaria se formando se estivesse viva. Mas eles me tiraram o direito de estar ao lado dela, vê-la crescer e ter uma profissão”, ponderou Ana Oliveira Oliveira.

A mãe de Isabella também externou sua revolta com o fato de Anna Jatobá ter visitado o túmulo da menina no dia 29 de fevereiro, junto com seus dois filhos.

“Ela teve a capacidade e a falta de vergonha na cara de visitar o túmulo da minha filha. Como assim? Isso é uma provocação de extremo mau gosto. O cúmulo da falta de respeito com a Isabella e comigo. Isso afeta a memória da minha filha e as lembranças que tenho dela”, afirmou.

E continuou: “O cemitério é um espaço público. Qualquer pessoa pode visitar o túmulo da minha filha, ela não precisaria da minha permissão. Mas esperava que essa mulher tivesse o mínimo de bom senso e nunca fosse até lá. Mas como esperar bom senso de uma pessoa que teve a capacidade de cometer um crime desses?”, questionou.

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Por Metrópoles

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