Bruno, Romero e um apelo que deixa o Podemos em vias de interrogação

Em mais uma tentativa de mudar o roteiro que desenha-se para o rompimento com o ex-prefeito Romero Rodrigues, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União), disse hoje, em entrevista à Rádio Arapuan, que a indicação do candidato a vice em sua chapa à reeleição poderia vir do Podemos, legenda que o ex-deputado é filiado.

“Hoje, a tendência é o vice ser indicado pelo partido de Romero e torço para que esse sentimento de união se concretize. Todos trabalham na perspectiva de que a união constrói”, afirmou.

A fala de Bruno tem uma nítida e clara mensagem. Evitar o racha com o antecessor. E vai além disso.

Cunha Lima sabe dos prejuízos que poderá trazer para si caso não tenha ao lado quem hoje é considerado o maior líder político em Campina.

Ao jogar para o público o desejo de ter como vice um indicado do Podemos, Bruno tenta apagar a chama de distanciamento com o parlamentar. Porém, é uma fala que põe a sigla do clã Gadelha em vias de interrogação.

Para o Podemos, ficará a palavra de apoio irrestrito a Romero Rodrigues numa eventual candidatura ao Palácio do Bispo, ou a subserviência? Protagonismo ou escanteio?

Com a palavra, o Podemos.

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