Prefeitura de Ipira faz remoção de material do Arroio Capelinha

A Prefeitura de Ipira iniciou, no dia 7 de maio, o desassoreamento do Arroio Capelinha. O trabalho consiste na retirada de materiais do leito, como terra, entulhos e demais possíveis materiais.

As primeiras ações com maquinário pesado estão sendo feitas próximo ao Posto Ipiranga, aos fundos da garagem municipal, no centro da cidade e devem custar aproximadamente R$ 200 mil, com recursos do próprio município e do Governo do Estado. De acordo com a Prefeitura, esse ponto pode ter sido o principal fator da enchente que aconteceu na quinta-feira, dia 2 de maio.

O prefeito Marcelo Badissera disse ao Jornal Comunidade que outros pontos do Arroio também podem sofrer intervenções para evitar novas enchentes. “O setor de Infraestrutura está trabalhando na remoção pedras, terra, lama e restos de materiais que vieram com as chuvas e que estão no leito e do fundo do arroio. Acreditamos que em 15 dias, dependendo das condições climáticas, possamos fazer um bom trabalho nesse espaço”, explicou.

Baldissera adiantou que a maior parte dos serviços está sendo executada com as máquinas da Prefeitura, com parte do transporte dos materiais, terceirizada. “Estimamos que serão necessárias mais de 300 horas de escavadeira hidráulica e mais de 400 horas de caminhão caçamba para transporte de todo material que está sendo retirado do local”, calculou. “Estamos avaliando a possibilidade de fazermos estudos técnicos para a construção de contenções nas áreas rurais, uma em Capelinha e outra em Linha dos Pintos, para segurar o escoamento imediatos das águas das chuvas, evitando assim, o alagamento de áreas centrais. Claro que essa ação não é imediata, pois depende de licenças, desapropriações, dentre outras questões”, relatou o prefeito.

O setor de Infraestrutura está avaliando a possibilidade de recolocação de galerias, tubos para escoamento da água fluvial nas proximidades do Arroio e até a construção de uma ponte nova para aumentar a vazão da água. “Ainda estamos nos recuperando da enxurrada de setembro. Estamos aguardando da Defesa Civil do Estado o kit de transposição, uma ponte, para instalar na Rua da Cascata. A Prefeitura vai fazer as cabeceiras. Em relação às pinguelas, estamos fazendo a elevação das cabeceiras, para que fiquem mais altas, com previsão de serem reconstruídas nos próximos dias”, finalizou Baldissera.

Prejuízos sendo calculados

De acordo com a Defesa Civil do município, no dia 2 de maio, choveram 130 milímetros em quatro horas, causando enxurradas, inundação, alagamento e deslizamentos. O prejuízo é superior a R$ 4 milhões, contando os danos causados em obras de infraestrutura pública e perdas nos setores da agricultura, pecuária, indústria, comércio e serviços. Esse valor ainda pode aumentar.

Geferson Schreiner/ Jornal Comunidade

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