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Os dados mais recentes do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), escancaram a desigualdade educacional enfrentada pelas pessoas com deficiência no Brasil. Segundo o levantamento, 21,3% das pessoas com deficiência com 15 anos ou mais são analfabetas — um índice quatro vezes superior ao registrado entre a população sem deficiência (5,2%). Isso significa que 2,9 milhões de brasileiros com deficiência não sabem ler ou escrever.
O recorte etário também evidencia disparidades profundas na escolarização. Entre as pessoas com deficiência com 25 anos ou mais, 63,1% não têm instrução ou não concluíram o ensino fundamental — quase o dobro do percentual observado entre os que não têm deficiência (32,3%). Apenas 7,4% desse grupo completaram o ensino superior, em contraste com 19,5% da população sem deficiência.
O Censo também avaliou os dados de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), revelando que 46,1% dos adultos com autismo não têm instrução ou não completaram o ensino fundamental. Embora a taxa de escolarização de pessoas com TEA de 6 anos ou mais (36,9%) supere a da população geral (24,3%), os dados mostram que o acesso à educação básica ainda é mais limitado para crianças e adolescentes com autismo.

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Fonte : Hora Brasilia