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A Câmara Municipal de Bayeux instaurou, por unanimidade, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no concurso público realizado no ano de 2023, durante a gestão da ex-prefeita Luciene Gomes. A decisão foi tomada durante sessão plenária na última terça-feira (21), após a apresentação de denúncia feita pelo jornalista investigativo Wanderly Farias.
O certame, que ofereceu mais de 3.400 vagas para cargos efetivos na administração municipal, tornou-se alvo de intensas polêmicas e questionamentos jurídicos desde sua divulgação. Segundo o denunciante, há fortes indícios de fraudes, manipulação no processo seletivo e favorecimento de aliados políticos da antiga gestão. Entre os suspeitos citados, estão ex-secretários municipais e até familiares da ex-prefeita.
A realização do concurso, organizada pela empresa EducaPB, foi autorizada por meio de uma decisão liminar judicial, o que gerou ainda mais controvérsia. Desde então, diversas ações judiciais foram movidas por candidatos que apontam inconsistências no edital, ausência de transparência e suposta interferência política nos resultados.
A CPI será presidida pelo vereador Nildo da Casa Branca, com a vereadora Eloah Felinto como relatora e a vereadora Roseane Sarinho como membro. O colegiado terá até 120 dias para concluir as investigações, podendo esse prazo ser prorrogado mediante deliberação do plenário.
“A população de Bayeux precisa de respostas. Não estamos aqui para perseguir ninguém, mas para garantir que a verdade apareça e que a lisura no serviço público seja respeitada”, destacou Nildo da Casa Branca durante a sessão.
A criação da CPI movimentou os bastidores da política local e já repercute em toda a Paraíba, reacendendo o debate sobre a transparência na gestão pública e a responsabilização por possíveis atos ilícitos cometidos no exercício do poder.
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