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O Partido Popular (PP) votou contra a criação de uma comissão de investigação sobre o caso Pfizer e outros escândalos de corrupção em Bruxelas, movimento interpretado como um apoio direto à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A crítica veio de forma contundente por parte do chefe da delegação do VOX no Parlamento Europeu, Jorge Buxadé, que classificou a atitude do PP como “cúmplice”.
“Mais um escândalo”, declarou Buxadé, ao lembrar que a votação dizia respeito à formação de uma comissão para investigar todos os casos de corrupção que afetam as instituições europeias, chamando o ambiente político de Bruxelas de “pântano”.
“Eles estão com Von der Leyen, com a corrupção, com o desvio do nosso dinheiro. O bipartidarismo se protege nesta votação que é uma das mais vergonhosas e escandalosas dos últimos anos”, afirmou o eurodeputado.
O grupo “Patriotas por Europa”, formado por eurodeputados do VOX e do partido Fidesz (Hungria), foi quem conseguiu formalizar o pedido para constituir uma comissão de investigação no Parlamento Europeu. O foco da comissão seria apurar casos de abuso de poder, corrupção, lavagem de dinheiro e outras irregularidades que estariam comprometendo as instituições da União Europeia.
Buxadé também mencionou o caso do comissário europeu Didier J. L. Reynders, que estaria sendo investigado judicialmente na Bélgica. “Reynders, esse comissário que parecia ganhar na loteria o tempo todo, é o mesmo que sentou com Félix Bolaños e González Pons para fechar o acordo do Conselho Geral do Poder Judiciário na Espanha. E ainda se dava ao luxo de dar lições sobre Estado de Direito. E ficaram grandes amigos”, ironizou o eurodeputado.
Além disso, ele listou uma série de escândalos que deveriam ser investigados pela eventual comissão: a interferência de Estados estrangeiros nas políticas da União Europeia, o caso Catargate, os episódios envolvendo o Marrocos e a Huawei, pagamentos suspeitos a ONGs, entre outros.
A rejeição à comissão de investigação gerou forte indignação entre partidos opositores, que veem a decisão como um esforço deliberado para encobrir escândalos e proteger a atual presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.
Crédito La Gaceta
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Fonte:
Paulo Figueiredo