Governo Lula paga até 611% mais caro por galões de água na organização da COP30

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Em mais um capítulo da questionada organização da COP30, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a compra de galões de água com preços até sete vezes mais altos que o valor praticado por outros órgãos públicos, segundo dados do Portal da Transparência e levantamento de contratos similares. A conta para o contribuinte pode ultrapassar R$ 1 milhão apenas com água mineral de 20 litrositem básico e rotineiro em qualquer estrutura pública. A informação é do site Metrópoles.

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Os gastos fazem parte do convênio firmado com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OIE), que gerencia parte da montagem do evento previsto para novembro de 2025 em Belém (PA). A compra totaliza 51 mil galões de água, divididos em dois lotes: 14,2 mil unidades a R$ 30,22 cada e 37,5 mil a R$ 18,27. Os valores são até 611% mais altos que o registrado em compras semelhantes feitas por órgãos como o Senado Federal, que pagou R$ 4,25 por galão.

O prejuízo estimado com a compra é de R$ 896 mil em relação a preços médios praticados por outras instituições públicas. Segundo a Secretaria Extraordinária da COP30, vinculada à Casa Civil, os preços estão sendo “analisados com base nos custos locais de Belém” — uma justificativa que não encontra respaldo quando se observa que a Marinha, a Fiocruz, o Comando da Aeronáutica e universidades públicas da Região Norte pagaram de R$ 3,80 a R$ 10,10 por galão nos últimos 12 meses.

A própria OIE, responsável pela compra, havia estimado pagar ainda mais caro: até R$ 60,44 por unidade. Isso constava das versões iniciais da licitação, que previam R$ 2,23 milhões apenas para o fornecimento de água. A organização internacional, contratada sem licitação pelo governo Lula, receberá 5% do total do convênio de R$ 480 milhões como taxa de administração.

Além dos galões, outras compras chamam atenção. A garrafinha de 500 ml foi inicialmente cotada a R$ 17,50um valor que beira o absurdo em qualquer escala, especialmente em um evento que se propõe a discutir sustentabilidade, responsabilidade ambiental e justiça social.

A situação remete a práticas de superfaturamento amplamente criticadas por Lula e pelo PT em governos anteriores. Agora, sob responsabilidade direta do Palácio do Planalto, o evento internacional caminha para se tornar um símbolo de desperdício de recursos públicos disfarçado de compromisso ambiental.

O contraste é gritante. A Universidade Federal do Acre, em abril de 2023, comprou 49,5 mil galões a R$ 4,95 cada. A Justiça Federal de Pernambuco pagou R$ 3,80 por galão. A Marinha do Brasil, em duas licitações neste ano, pagou entre R$ 3,89 e R$ 4,95. Todos esses valores referem-se a quantidades similares ou menores que as da COP30, o que elimina o argumento de que logística ou volume seriam fatores determinantes.

A COP30, que será realizada em Belém em novembro de 2025, deverá reunir mais de 40 mil visitantes, entre líderes mundiais, ONGs e especialistas em clima. O governo brasileiro firmou parceria com a OIE para a montagem de dois pavilhões na capital paraense — Zona Verde e Zona Azulque terão consumo diário estimado de até 2,5 mil galões de água por dia.

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Fonte : Hora Brasilia

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