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O cenário político em São Francisco, município da região da Grande Sousa, na Paraíba, está longe de ser calmo. Faltando ainda alguns anos para as eleições municipais de 2028, as articulações, tensões e disputas internas já tomam conta dos bastidores do poder local.
A situação política, que parecia sob controle após a reeleição do prefeito Jr. Sucupira, agora vive momentos de incerteza. Isso porque o prefeito já teria definido seus nomes favoritos para compor a chapa da situação em 2028: Thiago, seu primo e atual secretário de Agricultura (pasta criada estrategicamente em 2025), seria o pré-candidato a prefeito. O nome para vice ainda é mantido sob sigilo, mas os bastidores indicam que o prefeito já tem uma carta na manga.
O problema é que essa escolha não agradou a todos dentro do próprio grupo. José Rofrants, ex-prefeito e pai da atual vice-prefeita Mirely Casimiro, não parece disposto a abrir mão de protagonismo político e resiste à ideia de ceder espaço para Thiago. A relação entre Rofrants e o atual gestor, embora ainda cordial em público, começa a mostrar sinais de desgaste nos bastidores.
Para apimentar ainda mais a disputa interna, surge o nome do médico Dr. Kildere, cunhado do irmão do prefeito, que vem ganhando força como possível alternativa dentro da própria base. O ambiente é de tensão: são muitas vaidades, ambições e estratégias em jogo.
Enquanto isso, a oposição não está parada. Três nomes despontam como pré-candidatos: o ex-prefeito João Bosco Filho, o vereador Marquinhos Teodoro e o empresário Toninho de Edilson Queiroga. João Bosco aparece como o nome mais forte para enfrentar os Sucupiras, mas o que realmente tem causado alvoroço é a possibilidade de um acordo com membros insatisfeitos do próprio grupo da situação. Conversas de bastidores indicam que há reuniões sigilosas e articulações que podem surpreender muita gente.
Outro ponto de ebulição é a presidência da Câmara de Vereadores. A recente visita inesperada do prefeito à Casa Legislativa, acompanhado de quase todo seu secretariado, deixou o clima ainda mais pesado. Visivelmente irritado, Jr. Sucupira discursou por mais de 40 minutos em tom considerado por muitos como intimidador, sem dar espaço para a oposição se manifestar. A presidente da Câmara, vereadora Maria de Fátima, foi criticada por sua postura passiva durante a sessão, gerando ainda mais descontentamento entre os vereadores da oposição.
Nos bastidores, comenta-se que a insatisfação do prefeito teria sido motivada por denúncias que envolvem até familiares seus, além da apresentação de uma emenda de R$ 200 mil do deputado estadual Júnior Araújo, destinada à perfuração de poços no município. O que teria irritado ainda mais o grupo da situação é o fato de que, após 24 anos de oposição, essa foi a primeira vez que um recurso foi destinado ao município por um parlamentar adversário.
Tudo isso deixa claro: o clima em São Francisco é de ebulição. O que parecia uma gestão sólida começa a mostrar rachaduras, e a oposição, aos poucos, ganha terreno. As eleições ainda estão longe, mas as movimentações já esquentam os bastidores. Até 2028, muita água ainda vai rolar – e o cenário promete virar uma verdadeira arena de embates políticos.
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Politica da Paraiba
