Gilmar Mendes envolve AGU e PGR na disputa pelo comando da CBF

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Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, envolve AGU e PGR na disputa pelo comando da CBF. Clique aqui para entender o caso

Em decisão tomada neste domingo, 18, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestem a respeito do pedido feito por Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Por meio de ação levada à Corte, o dirigente busca voltar ao cargo.

Conforme despacho do integrante do STF, tanto o advogado-geral da União, Jorge Messias, quanto o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terão cinco dias para apresentarem seus pareceres sobre o caso. Em linhas gerais, AGU e PGR terão de indicar ao tribunal se são favoráveis ou contrárias ao retorno de Ednaldo ao comando da CBF.

Ednaldo deixou a presidência da CBF na última semana, em razão de decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. De acordo com o órgão, o dirigente participou da elaboração de falsificação de uma assinatura que justamente o ajudaria a seguir no cargo.

Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, assumiu interinamente a presidência da entidade. No posto, Fernando convocou eleição para a composição da nova diretoria da CBF. Se nada mudar, o pleito, programado para o próximo domingo, 25, será meramente simbólico. Afinal, o presidente da Federação Roraimense de Futebol, Samir Xaud, consta como único candidato.

Relação de Gilmar Mendes com a CBF

Relator no STF do pedido feito por Edinaldo Rodrigues, Gilmar Mendes mantém negócios com a CBF. Conforme explicam Augusto Nunes e Eugenio Goussinsky na reportagem de capa da Edição 269 da Revista Oeste, a relação — inclusive financeira — do ministro com a entidade máxima do futebol brasileiro se dá por meio do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

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“Em junho de 2017, Gilmar entregou a direção [do IDP] ao filho Francisco Mendes, o Chico. Sem descuidar de lucrativos seminários internacionais nem de eventos como o Gilmarpalooza, o herdeiro tratou de buscar sócios para a exploração de filhotes do IDP — e para empreendimentos que ampliassem o faturamento”, informam Nunes e Goussinsky. “Assim surgiu a CBF Academy, braço educacional da CBF administrado pelo IDP, responsável pela gestão e comercialização dos serviços oferecidos pelo fruto da parceria. Uma cláusula estipula que o IDP ficaria com 84% da receita — a CBF, com 16%. Em 2023, a receita foi de R$ 9,2 milhões.”

Mais detalhes da parceria do IDP, de Gilmar Mendes, com a CBF estão presentes na matéria “Outro 7 a 1”. A íntegra do texto está disponível aos mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste.

Crédito Revista Oeste

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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