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Com apenas dois anos de idade, seu pai faleceu. A mãe o entregou ao avô, José Alves Ramalho, por quem foi criado como um filho e a quem faria referência como “avôhai”, síntese de avô e pai. Para cantar toda a história de seu cancioneiro, o cantor e compositor Zé Ramalho, um dos nomes mais importantes da música popular brasileira, se apresenta hoje na capital, no Teatro Pedra do Reino, às 21h. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Ingresso Nacional (www.ingressonacional.com.br), com preços que variam de R$ 156,80 (meia) a R$ 470,40 (inteira).
Clássicos
O show promete aos fãs uma experiência única, celebrando quase cinco décadas de carreira do artista. Com um repertório recheado de clássicos, o evento destaca a trajetória do músico paraibano, conhecido pela poeticidade de suas letras bem como pela fusão de ritmos que vão do rock à música regional nordestina.
Natural de Brejo do Cruz, José Ramalho Neto consolidou-se como uma figura singular na MPB, trabalhando elementos psicodélicos, reflexões existenciais e críticas sociais em suas composições. Envolto até hoje em uma aura mística, Paêbirú (1975), seu álbum de estreia – em parceria com Lula Côrtes – já insinuava a predileção de Ramalho pelos encantos misteriosos do sertão nordestino, desbravado tantas vezes pelo compositor.
Sua obra atravessou gerações, em músicas como “Chão de giz”, “Avôhai” (ambas do álbum Zé Ramalho, 1978) e “Admirável gado novo” (de A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, 1979), que se tornaram verdadeiros hinos atemporais, presentes na lista de sucessos de hoje à noite.
O show em João Pessoa apresentará ainda outras velhas conhecidas, a exemplo de “Vila do sossego” (1978) e “Frevo mulher” (1979), além de interpretações marcantes como “Sinônimos” (César Augusto, Paulo Sérgio e Cláudio Noam, 2004) e “Gita” (Raul Seixas e Paulo Coelho, 1974). O setlist inclui ao todo 18 músicas, resgatando desde os trabalhos iniciais até as composições mais recentes.
Seu retorno à terra natal evoca o último álbum autoral gravado, Ateu Psicodélico (2022), no qual empreende viagem de volta ao tema místico de sua gênese musical, um disco “para as cabeças que viajam sem sair do lugar”, como afirma o texto do encarte da obra. Uma saudosa viagem sonora é justo o que o show de hoje no Pedra do Reino deve entregar aos fãs de todas as gerações.
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#Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 15 de maio de 2025.
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A União