Renda recorrente é destaque (mais uma vez) da JHSF. Mas, agora, em “dose dupla”

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Os negócios de renda recorrente foram novamente o destaque no resultado do primeiro trimestre de 2025  da JHSF, grupo focado na alta renda que não tem medido esforços para ir além da incorporação, o mercado em que fez fama.

Entre outros dados, o braço de renda recorrente reportou um Ebitda ajustado de R$ 147,4 milhões no período. A cifra representou uma alta anual de 51,9% e se traduziu numa fatia de 74,5% do Ebitda ajustado consolidado de R$ 197,8 milhões da companhia, que, por sua vez, cresceu 60,6%.

Esses indicadores são exemplos de como a JHSF repetiu – e realçou – o script dos últimos trimestre. Mas, na visão de Augusto Martins, CEO do grupo desde o início de 2024, quando a empresa elegeu a diversificação como seu mote, há um argumento novo nessa trama.

“Chegamos a uma operação duplamente bem diversificada”, diz Martins, ao NeoFeed. “Primeiro, na origem dos negócios. E, agora, dentro dessa base de renda recorrente, com todos os negócios mais maduros e relevantes. Até então, só a divisão de shoppings tinha uma grande representatividade.”

Ele recorre a outros números para ilustrar essa mudança. No trimestre, o faturamento da JHSF cresceu 36,7%, para R$ 439,5 milhões. Já a receita bruta de renda recorrente foi de R$ 332,8 milhões, um salto de 36,2%. E trouxe maior equilíbrio e divisão do protagonismo na área.

Os negócios de hospitalidade e gastronomia responderam por 34% desse faturamento na renda recorrente. Seguidos pelos shoppings, com 30%; o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, com 18%; a JHSF Residences, de locação residencial, e os clubes (incluindo os de surf), com 16%; e a JHSF Capital, com 2%.

A mesma evolução é observada quando a referência é o Ebitda ajustado desses negócios. Aqui, os shoppings lideraram, com uma fatia de 33% – um ano antes, essa participação era de 44%. Na sequência, veio a divisão de JHSF Residences e Clubes, que, nesse intervalo, saiu de 20% para 32%.

“A foto muito importante desse trimestre é essa distribuição que temos hoje dentro da renda recorrente”, afirma Martins. “E outro dado positivo é que isso aconteceu com a divisão de shoppings crescendo e performando muito bem.”

Em shoppings, a receita líquida no primeiro trimestre foi de R$ 87,5 milhões, um crescimento em base anual de 20,7%. As vendas totais dos empreendimentos do grupo somaram R$ 945 milhões, alta de 14,9%.

Nessa divisão, a JHSF prevê a entrega do Boa Vista Village Town Center no segundo semestre, do Shopping Faria Lima, em 2026, e uma futura expansão no Catarina Fashion Outlet. Com esses projetos, o grupo sairá de uma área bruta locável de 58,4 mil metros quadrados para 99,1 mil metros quadrados.

Fasano no Uruguai

É o segmento de hospitalidade e gastronomia que abriga, porém, a mais recente novidade no portfólio da empresa. A JHSF está anunciando mais um hotel com a marca Fasano e reforçando sua expansão internacional, concentrada, até o momento, nesse braço.

Com entrega prevista para o verão de 2026, o grupo está iniciando o desenvolvimento de um novo empreendimento, também com a bandeira Fasano, na praia de La Barra, no Uruguai. No país, a empresa já mantém o Fasano Las Piedras, em Punta del Este.

No total, o portfólio da JHSF nesse espaço envolve 11 hotéis em operação e sete em desenvolvimento. Nessa última frente, o grupo tem outros quatro projetos em andamento no exterior – Miami, Londres, Cascais e Sardenha.

Entre janeiro e março, os negócios de hospitalidade e gastronomia registaram uma receita líquida de R$ 107,8 milhões, um salto de 23%. Já a Revpar – receita por quarto disponível – cresceu 17,2%, para R$ 2.592, enquanto o couvert médio avançou 14,2%, para R$ 325,80.

Também há projetos no forno na JHSF Capital, o braço financeiro do grupo, que fechou o trimestre com cerca de US$ 2,5 bilhões sob gestão, contra US$ 1,6 bilhão, um ano antes. Com dois na ativa, a operação já estruturou 10 fundos locais e offshore. E já prepara novidades nesse portfólio.

“Nossa perspectiva é ter um fundo por estratégia de negócio”, afirma Martins. “A princípio, devemos ter em breve um fundo de recebíveis e, na sequência, a perspectiva é estruturar um de incorporação.”

Lucros em alta

Em outros números do balanço, a JHSF reportou um lucro líquido consolidado de R$ 340 milhões, um salto de 139,5% em base anual. Já o lucro líquido da área de renda recorrente cresceu 178,6%, para R$ 362,3 milhões.

A receita líquida consolidada, por sua vez, foi de R$ 403,3 milhões, alta de 37,4%, enquanto a receita líquida em renda recorrente avançou 37,1%, para R$ 309,9 milhões. No negócio tradicional da JHSF, a incorporação, houve uma expansão de 42,2% nesse indicador no trimestre, para R$ 94,6 milhões.

No período, as despesas operacionais cresceram 37%, para R$ 82,8 milhões. Assim como a dívida líquida de R$ 1,51 bilhão, 9% maior que um ano antes. Já alavancagem foi de 1,79 vez, contra o patamar de 1,64 vez registrado no mesmo intervalo de 2024.

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Neofeed

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