Estudo revela alta carga tributária em presentes do Dia das Mães

No Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, 12 de maio, as mães e filhos(as) desfrutarão de celebrações especiais, incluindo a troca de presentes, que, segundo pesquisa da Fecomércio/SC, terá um aumento de 13% nas compras em relação ao ano anterior. Entretanto, o Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT) alerta os consumidores sobre a alta carga tributária incidente nesses presentes, evidenciando a necessidade de conscientização sobre Justiça Tributária.

De acordo com o estudo realizado pelo IBGPT, os tributos indiretos em presentes comuns variam consideravelmente. Por exemplo, um buquê de flores, com valor estimado em R$ 139,90, tem 17,71% de seu preço composto por impostos, a menor taxa do levantamento. Já os perfumes nacionais apresentam a maior tributação, chegando a 69,13% de impostos indiretos, segundo Douglas Herrero, advogado especialista em Direito Tributário e diretor do IBGPT.

Os impostos analisados no levantamento incluem PIS/Cofins, IPI de competência nacional, e ICMS de competência estadual, todos sob revisão devido à proposta de Reforma Tributária.

Outros presentes
Quem optar por itens de decoração também verá os resquícios da tributação. Em uma caneca com mensagem de afeto para as mães, 37,88% do valor é referente a impostos, enquanto uma luminária tem taxação de 38,35%. Um quadro de parede possui 35,97% de tributos.

“Avaliamos também itens de vestuário. Mais de 40% de um tênis nacional são impostos. Quem comprar uma calça jeans e uma camiseta para a mãe, irá pagar 38,53% e 34,67%, respectivamente, em tributos. Assim, o preço médio dessa dobradinha sobe de R$ 71,97 para R$ 114,89”, compartilha Herrero.

A listagem ainda inclui bolsa de couro e óculos de sol; eletrônicos, como smartphone e computador; e passeios e serviços. “Um almoço ou um jantar num restaurante chega a ter 32,31% de imposto no valor final vendido ao público. Se você quiser ir ao cinema assistir algum filme, irá pagar 20,85% de imposto”, declara.

Confira a lista a seguir:

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Justiça Tributária no Brasil
O “impostômetro” do IBGPT tem o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a alta taxação indireta sobre o consumo de produtos e serviços. “No instituto, lutamos por Justiça Tributária. Ou seja, uma realidade na qual a contribuição seja equitativa. Diferentemente do que vemos hoje em dia, que é um cenário no qual o mais pobre é o que mais recolhe impostos. A Reforma Tributária já decretou um princípio com essa missão, mas ainda há muito chão a percorrer até o vermos na prática”, finaliza Herrero.

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