O Ibovespa está na máxima histórica (assim como o otimismo dos gestores)

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O Ibovespa está na sua máxima pontuação histórica. Com a alta de 1,6% no pregão de terça-feira, 13 de maio, aos 138.801 pontos, o principal índica de bolsa brasileira vem mostrando resiliência – já são 15,5% de expansão acumulada neste ano. E os gestores continuam otimistas.

Pesquisa mensal do Bank of America (BofA)com 32 gestores de fundos da América Latina, que juntos somam US$ 74 bilhões em investimentos, acreditam que o mercado brasileiro ganhou tração após o País ser poupado das tarifas mais duras impostas pelo governo americano em abril, tem se intensificado neste mês de maio.

Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados esperam que os ativos brasileiros superem os retornos médios da região. A melhora nas expectativas acompanha o bom momento da bolsa brasileira.

Em comparação com o mês anterior, aumentou significativamente a parcela de investidores que projetam o Ibovespa  em patamares ainda mais altos neste ano, acima de 140 mil pontos. Essa visão agora é sustentada por 48% dos gestores, ante apenas 18% em abril. É o maior patamar desde que a pergunta passou a integrar o questionário da pesquisa, em setembro do ano passado.

A pesquisa de maio também revelou uma mudança na percepção sobre os lucros: 22% dos gestores agora projetam revisões para cima, ante 3% no mês anterior — embora a maioria ainda espere estabilidade nas estimativas.

No câmbio, cresceu a fatia dos que apostam em um dólar fraco frente ao real, passando de pouco menos de 60% para perto de 70%. A mediana das projeções aponta para R$ 5,72 no fim do ano, bem abaixo do que indica o boletim Focus, atualmente em R$ 5,85.

Quanto ao crescimento econômico, a maioria dos gestores espera uma alta entre 1% e 2% do PIB em 2024, enquanto a mediana do Focus projeta 2%. Ainda assim, o levantamento do BofA mostra um viés de alta: a proporção dos que apostam em um crescimento acima de 2% subiu de 15% para perto de 25%.

BofA overweight em Brasil

O maior otimismo com o Brasil também parte da própria equipe do BofA. Em um relatório separado sobre oportunidades na América Latina, o banco afirma estar overweight (acima do peso recomendado) no País. A tese se ancora em uma leitura mais dovish sobre os juros: enquanto parte do mercado ainda prevê uma alta adicional, o BofA acredita que o ciclo de aperto já terminou e projeta o início de cortes na Selic em dezembro.

Embora compartilhe da visão mais positiva sobre o mercado local, o banco difere da maioria dos investidores em suas preferências setoriais. Para os analistas do BofA, as melhores oportunidades estão em ações ligadas à economia doméstica e com alta sensibilidade aos juros, com potencial de acelerar os lucros neste e no próximo ano.

Já a pesquisa com os gestores mostra que, apesar da maior confiança com o Ibovespa, as principais alocações seguem concentradas em setores considerados defensivos, como utilities — que lidera com mais de 50% de overweight.

Também há forte presença de financeiras. As apostas estão centradas em empresas de “alta qualidade” e que pagam bons dividendos. Menos de 20% acredita que as ações de “crescimento” terão desempenho superior nos próximos seis meses.

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Neofeed

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