

Venda de sentenças usava esquema de lavagem de dinheiro para justificar origem ilícita – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) uma nova fase da Operação Sisamnes, com foco na desmontagem de um esquema de venda de sentenças envolvendo integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O alvo agora são empresas suspeitas de lavar o dinheiro obtido por meio da corrupção no Judiciário.
Segundo a investigação, uma rede financeira-empresarial estruturada teria sido usada para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores recebidos por decisões judiciais vendidas.
Parte do dinheiro teria sido movimentada por meio de negócios imobiliários e outras operações comerciais.
Venda de sentenças com propinas tem esquema de lavagem de dinheiro
Nesta nova etapa da operação, a Polícia Federal cumpre 11 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Mato Grosso e no Distrito Federal. As ordens judiciais foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

STF decidiu por nova fase de Operação contra venda de sentenças – Foto: Carlos Moura/SCO/STF/ND
A apuração envolve indícios de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, operação de câmbio clandestino e organização criminosa.
Além das buscas, os agentes também apreenderam passaportes dos investigados e bens e valores que somam cerca de R$ 20 milhões.

Operação contra venda de sentenças já foi deflagrada em outros estados além de SP, MT e DF – Foto: PF/Divulgação
A nova fase visa aprofundar o rastreamento do caminho percorrido pelo dinheiro das supostas propinas e desarticular o apoio empresarial ao esquema criminoso.
A Operação Sisamnes recebeu o nome em referência a mitologia persa, em que uma história fala sobre a história do juiz Sisamnes, que teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.