Em show, Arthur Nogueira celebra obra de Antonio Cicero, um dos letristas mais importantes da MPB

No espetáculo “Arthur Nogueira canta Antonio Cicero: Embarque para Citera”, o cantor e compositor Arthur Nogueira presta uma homenagem ao seu maior parceiro de canções, o poeta e filósofo Antonio Cicero (1945–2024). A apresentação, em formato intimista de voz, violão e guitarra, reúne músicas compostas por Nogueira e Cicero na última década, além de clássicos escritos pelo poeta em parceria com Marina Lima e Adriana Calcanhotto.
Em cena, Arthur Nogueira dialoga com um cenário de projeções criado pelo cineasta Vitor Souza Lima. Entre as músicas, destaca-se “Antigo Verão” (Arthur Nogueira / Antonio Cicero), que faz referência ao quadro “Embarque para Citera” (1717), do pintor francês Antoine Watteau. Segundo a mitologia grega, foi da espuma do mar da ilha de Citera que nasceu Afrodite, a deusa do amor.
Representantes de gerações distintas, Nogueira e Cicero construíram uma intensa parceria que resultou em canções, livros e espetáculos de poesia e música apresentados por todo o Brasil. As obras da dupla foram gravadas por cantoras como Gal Costa (“Sem medo nem esperança”) e Fafá de Belém (“Consegui”).
O show estreou em São Paulo, passou por Belém, Londres e Paris e, em julho de 2025, o artista se apresentará em Portugal, nas cidades de Lisboa e Porto.
Arthur Nogueira lançou seis álbuns próprios, entre os quais “Sem medo nem esperança” (2015) e “Brasileiro profundo” (2022). Compôs melodias para versos de grandes nomes do mundo, como Antonio Cicero (Brasil), Adília Lopes (Portugal) e Adonis (Síria). Suas canções foram gravadas por Gal Costa e Cida Moreira. É o produtor musical dos álbuns “Humana” (2019), de Fafá de Belém, e “Só” (2020), de Adriana Calcanhotto. Produziu e apresentou a série “Canto poesia: poetas na canção popular do Brasil” (2023), na Rádio Cultura Brasil.
Antonio Cicero nasceu no Rio de Janeiro, em 1945. Formou-se em filosofia na Universidade de Londres. Poeta e letrista, escreveu os livros de ensaios “O mundo desde o fim” (1995), “Finalidades sem fim” (2005), “Poesia e filosofia” (2012) e “A poesia e a crítica” (2017) e os livros de poemas “Guardar” (1996, Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira), “A cidade os livros” (2002) e “Porventura” (2012, Prêmio ABL de Poesia). É autor de letras para músicas de Marina Lima, Adriana Calcanhotto, João Bosco, Arthur Nogueira, entre outros compositores. Morreu em 2024.
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