Lula e PT reagem contra CPI do INSS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou sem reação pública diante da revelação do gigantesco roubo aos aposentados do INSS exposto pela Polícia Federal. Nem mesmo conseguiu demitir de imediato o ministro diretamente envolvido, optando por reforçar a narrativa de que a responsabilidade seria, mais uma vez, do governo anterior.

Quando surgiu a proposta de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso, Lula se irritou e deu ordens ao PT para impedir a todo custo a instalação da comissão.

Essa postura foi amplamente interpretada como uma espécie de confissão de culpa. Afinal, argumentam críticos, se “a culpa fosse exclusivamente do governo Bolsonaro”, como o governo alega, não haveria motivos para temer a investigação.

CPI Recebe Amplo Apoio, Mas Esbarra na Resistência Política

Apesar da tentativa de barrar a CPI, o movimento em torno da investigação ganhou força. O pedido de instalação da comissão recebeu 270 assinaturas, bem mais que o necessário.

No entanto, a iniciativa acabou enfrentando um obstáculo significativo: o presidente da Câmara, Arthur Lira, e, principalmente, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por travar a pauta.

Essa resistência foi interpretada por parlamentares como uma demonstração clara de que há interesses políticos em evitar o avanço das investigações.

Deputados Questionam a Narrativa Oficial

O veto de Lula e do PT à CPI gerou reações incisivas, inclusive do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que ironizou a situação:

“O culpado não era o Bolsonaro?”, questionou o parlamentar.

O Escândalo do INSS: Um Roubo Bilionário Sem Precedentes

As investigações apontam que o esquema criminoso já desviou R$ 6,3 bilhões, cifra que logo foi revisada para R$ 8 bilhões. Agora, há a suspeita de que o valor possa alcançar a impressionante marca de R$ 90 bilhões, principalmente devido à suspeita de empréstimos consignados feitos sem autorização de aposentados.

O caso revela um dos maiores esquemas de exploração financeira contra idosos da história recente, envolvendo gatunos sem escrúpulos e uma possível rede de proteção política que tenta evitar a devida responsabilização dos envolvidos.

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