Chuva supera 130 mm em alguns municípios do RS

Volumes de chuva extremamente altos foram registrados entre quarta (8) e quinta-feira (9) em diversas regiões do Rio Grande do Sul, com destaque para o Oeste, Centro e Sul do estado. Em algumas cidades, a precipitação acumulada em menos de 24 horas ultrapassou 100 milímetros, o equivalente à média esperada para todo o mês de maio.

De acordo com dados da MetSul Meteorologia, até as 19h desta quinta-feira os maiores acumulados foram registrados em São Gabriel (135 mm), Vila Nova do Sul (133 mm), Alegrete (122 mm), Quaraí (117 mm), Lavras do Sul (115 mm), Uruguaiana (113 mm), Encruzilhada do Sul (107 mm), São Sepé e Hulha Negra (105 mm), além de Caçapava do Sul (102 mm).

A previsão para esta sexta-feira é ainda mais preocupante. Uma frente fria associada a um centro de baixa pressão deve avançar pelo estado e provocar chuva forte a muito intensa em várias regiões, principalmente no Oeste, na Depressão Central, na Metade Sul, no Norte de Pelotas, nas Missões, nos vales e na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A MetSul alerta para o risco de volumes extremamente elevados em curto espaço de tempo, podendo variar entre 50 mm a 100 mm em até três horas e alcançar 100 mm a 150 mm em até seis horas. A intensidade da precipitação pode gerar alagamentos, enxurradas e transbordamentos de arroios e córregos, mesmo em áreas com sistemas de drenagem urbana avançados.

A região metropolitana de Porto Alegre está entre as áreas de maior atenção, especialmente durante a manhã e a tarde desta sexta. Embora os modelos meteorológicos variem em suas projeções, há consenso sobre o potencial de chuva forte com grande acúmulo em um curto intervalo de tempo.

A sequência de volumes elevados pode provocar a elevação de rios, com risco maior para os cursos d’água da Metade Oeste e Centro do estado, como os rios Quaraí, Santa Maria, Ibirapuitã, Vacacaí, Vacacaí Mirim e Ibicuí. Municípios como Alegrete, Quaraí, Cacequi, São Gabriel, Rosário do Sul e Dom Pedrito devem ficar em alerta. Rios da Metade Sul, como Jaguarão, Piratini e Camaquã, também exigem atenção.

Apesar do cenário de risco, a MetSul afirma que a situação não deve se comparar à cheia histórica registrada em maio de 2024.

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