Sob o tema: “Unidos pela Saúde” a Semana de Ação Contra os Mosquitos nas Américas 2025 foi celebrada entre os dias 5 e 9 de maio. A ação é um esforço liderado pelos países e territórios das Américas, com o objetivo de conscientizar sobre a conexão entre os mosquitos e as doenças que eles transmitem, além de trabalhar com a comunidade para prevenir criadouros.
Com o início da Semana de Ação, o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, pediu aos Ministérios da Saúde da Região que aumentem a vigilância e liderem campanhas para eliminar os criadouros de mosquitos, em um esforço para reduzir arboviroses como a dengue, zika e chikungunya.
“As mudanças climáticas contribuíram para o aumento de áreas propensas à propagação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, para o aumento de arboviroses na Região das Américas”, disse o diretor da OPAS. O rápido crescimento urbano, o armazenamento de água devido ao fornecimento inadequado de água encanada e a má gestão de resíduos sólidos também são fatores que aumentam os criadouros.
A dengue é atualmente uma das principais ameaças à saúde pública nas Américas, com um aumento dramático de casos nos últimos anos. Em 2024, os países da Região notificaram mais de 13 milhões de casos suspeitos, um aumento de 283% em comparação a 2023 e 356% a mais do que a média de casos notificados nos últimos cinco anos.
Os casos de chikungunya também estão aumentando. São 431.223 casos notificados em 2024, em comparação com 411.560 casos em 2023.
Embora não tenha havido surtos recentes de zika, o vírus continua circulando, com 44.242 casos notificados em 2024, em comparação com 37.659 casos em 2023.
Esses vírus afetam diretamente a qualidade de vida das pessoas, causando febre alta, dores intensas, mal-estar geral e, em casos graves, complicações potencialmente mortais. As doenças podem ser especialmente perigosas para crianças, pessoas idosas, mulheres grávidas e pessoas com condições pré-existentes.
Mas o impacto dessas doenças “não se limita apenas a sintomas físicos e mortes”, acrescentou Barbosa. “Também afeta a produtividade e o bem-estar geral das pessoas devido à ausência do trabalho e da escola, e pode criar uma carga econômica significativa tanto para as famílias, quanto para os sistemas de saúde pública. ”
Portanto, é crucial que os Ministérios da Saúde “promovam e fortaleçam o trabalho intersetorial no combate aos mosquitos”, disse o diretor da OPAS, envolvendo instituições públicas e privadas e integrando esforços em áreas além do setor da saúde, como educação, saneamento, desenvolvimento urbano e comunicação.
“Quando unimos forças para combater os mosquitos de forma oportuna e coordenada, podemos prevenir surtos, salvar vidas e melhorar as condições de vida das pessoas”, concluiu.
Para saber mais sobre as doenças transmitidas por mosquitos, acesse aqui a página do MS sobre arboviroses!
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