No Dia Internacional do Jazz, Santo Antônio do Pinhal anuncia festival de jazz brasileiro com clima de New Orleans

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A música brasileira vai ganhar espaço em um dos cenários mais icônicos da Ásia. Entre os dias 27 e 29 de junho, o Festival Extravaganza ocupa o AIA Vitality Park, em Hong Kong, com uma programação que destaca a riqueza e a diversidade dos ritmos nacionais. Do samba ao axé, passando pela capoeira e pela bossa nova, o evento reúne artistas de diferentes regiões do Brasil em uma celebração cultural que promete conectar o público asiático à alma sonora do país.

Stefan Matzinger, CEO do Extravaganza, morou mais de 20 anos em São Paulo e há mais de uma década vive em Hong Kong. Ele explica a origem desta comemoração: “Eu sou um brasileiro de coração. Nesses 50 anos de relações entre Brasil e China, as conversas sempre focaram questões comerciais. Senti que era hora de promover um intercâmbio cultural também”. Ele completa: “O Extravaganza é uma grande festa, vibrante, alegre, com a cara do Brasil. Mas também é um espaço de acolhimento e de transformação. A arte tem esse poder de criar pontes entre realidades muito diferentes. E é isso que queremos viver aqui”.

O estado da Bahia terá presença de destaque no festival. O cantor Diggo, o projeto sociocultural Repiquesia e o núcleo Abadá Capoeira Salvador foram convidados para representar a força baiana na programação.

Formado pela Escola Olodum, Diggo celebra os 40 anos do axé com um show que mistura samba-reggae, axé e a energia única dos carnavais de Salvador. “É a primeira vez que vou à Ásia, e é muito simbólico poder levar nossa música tão longe. A Bahia é plural, potente. É isso que quero mostrar”, afirma o cantor, que já participou dos principais blocos afros da capital baiana e soma experiências internacionais.

Ao lado de Diggo, no palco, estará o projeto Repiquesia, criado por Geraldo Marques em homenagem ao repique, instrumento tradicional da percussão baiana. O grupo, que atua na formação musical de jovens das periferias, realiza apresentações próprias no festival e ainda acompanha Diggo em seus shows, levando a percussão como elemento central da performance.

Já o Abadá Capoeira Salvador representa essa manifestação afro-brasileira que combina luta, dança e música como força de resistência e identidade. O núcleo baiano da renomada Abadá-Capoeira, presente em mais de 60 países, trabalha com oficinas e projetos sociais em Salvador, e mostrará no Extravaganza como a capoeira se afirma como manifestação artística, identitária e educacional.

Outro destaque da programação é a cantora Thulla, que promete encantar o público de Hong Kong com um show especial focado na bossa nova. Com uma carreira sólida no Soul, Samba e R&B, Thulla foi escolhida para interpretar clássicos de Tom Jobim, João Gilberto, Nara Leão, Roberto Menescal e Elis Regina, trazendo sua leitura para um dos gêneros mais emblemáticos da música brasileira.“Escolhemos a Thulla porque ela representa, com sua versatilidade e potência vocal, a alma vibrante da música brasileira. Apesar de sua trajetória ser marcada por outros estilos, sua sensibilidade interpretativa traz uma leveza e emoção que têm tudo a ver com a bossa nova”, afirma Tatiana Matzinger, diretora do Festival Extravaganza.

Representando o espírito festivo do Brasil, a escola de samba Unidos de Padre Miguel (UPM) leva para Hong Kong toda a paixão e energia do Carnaval carioca. O grupo, formado por 26 integrantes selecionados especialmente para a excursão, promete contagiar o público com seus ritmistas e passistas, sob a liderança da rainha de bateria e embaixadora do festival Andressa Marinho.“É uma oportunidade de mostrar a força e a beleza da nossa cultura para o mundo”, celebra Andressa.

Para Willian Costa, diretor artístico do festival, o Carnaval é mais do que um espetáculo: é transformação. “Ao longo da minha trajetória, vi de perto como essa manifestação cultural pode gerar oportunidades e mudar vidas. O Extravaganza é também um meio de capacitação e crescimento para quem participa e para quem assiste.”

Com representantes do axé, do samba, da bossa nova e da cultura afro-brasileira, o Festival Extravaganza é uma verdadeira vitrine da diversidade musical do país. Para Tatiana Matzinger, o evento cumpre a missão de mostrar ao mundo a potência criativa do Brasil: “Fazer o Extravaganza é assumir o compromisso de mostrar um Brasil potente, criativo, coletivo e profundamente enraizado em suas origens. Cada atração foi escolhida pensando nesse Brasil plural que queremos apresentar.”

O Festival Extravaganza será gratuito e aberto a todo o público, com vista privilegiada para o cartão-postal de Hong Kong, o Victoria Harbour.

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