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Um acordo firmado durante as negociações para a aprovação do Orçamento de 2025 virou alvo de disputa política entre deputados estaduais do PT e a base governista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O motivo: a liberação de R$ 5 milhões para apoiar a Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na capital paulista.
A menos de duas semanas do evento, parlamentares do PT alegam que o governo estadual estaria descumprindo o compromisso e ameaçam denunciar o suposto boicote como movido por “razões ideológicas”. Segundo os petistas, o valor foi combinado ainda nas tratativas para aprovação do orçamento e deveria já estar liberado.
O líder da bancada do PT na Alesp, deputado Antonio Donato, defendeu a liberação afirmando que a feira “reúne dezenas de milhares de visitantes” e é parte do calendário oficial da cidade.
“Não é um evento para meia dúzia de pessoas. O governo não está querendo pagar esse recurso por razões puramente ideológicas, apesar do acordo feito”, disparou Donato.
Em resposta, o deputado Gilmaci Santos (Republicanos), presidente da Comissão de Finanças e líder do governo na Alesp, confirmou que houve, de fato, acordo para a emenda, mas acusou os petistas de “politicagem”. Segundo ele, a verba ainda não foi liberada porque o orçamento geral do estado está contingenciado e não há tempo hábil para a formalização do repasse.
“Nenhuma outra emenda foi paga ainda, nem para Saúde ou Segurança Pública. Eles [petistas] estão fazendo um escarcéu porque querem fazer política com a feira do MST. Estão fazendo uma política muito baixa”, criticou Gilmaci.
O deputado governista também apontou que o pagamento das emendas, de forma geral, deve começar apenas no próximo mês, após ajustes administrativos.

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Fonte : Hora Brasilia