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Desde o início da tramitação dos processos relacionados aos atos de 8 de Janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF), ao menos seis réus já morreram.


O caso mais conhecido é o de Cleriston Pereira da Cunha, chamado de Clezão, que faleceu aos 46 anos em novembro de 2023, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ele sofreu um mal súbito durante o banho de sol.
Preso no Congresso Nacional, sua morte é frequentemente citada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para criticar o Supremo. Em dois atos recentes organizados pelo ex-mandatário, parlamentares usaram o caso como exemplo.


Em março deste ano, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que o STF “roubou a vida” de Cleriston e impediu que sua filha apresentasse o neto ao avô.
No mês seguinte, a deputada Carol de Toni (PL-SC) disse que Clezão recebeu uma “sentença de morte”, enquanto criminosos seguem soltos.
A defesa de Cleriston alegou que ele sofria de problemas de saúde e pediu, no dia 7 de novembro de 2023, a conversão da prisão preventiva em domiciliar. O pedido, porém, não foi analisado. O réu morreu 13 dias depois. Em fevereiro de 2024, o advogado da família, Thiago Pavinatto, solicitou a prisão do ministro Alexandre de Moraes, por tortura, maus-tratos e abuso de autoridade. A filha de Cleriston, Luiza Cunha, também levou o caso ao relator especial da OEA para liberdade de expressão, Pedro Vaca, alegando que seu pai foi preso injustamente e torturado.
Éder Parecido

Além de Clezão, outros cinco réus morreram. Éder Parecido Jacinto, de 58 anos, caminhoneiro de Redenção (PA), faleceu em março de 2024, após cair de um andaime enquanto fazia manutenção em seu caminhão. Ele fraturou o fêmur e a coluna, entrou em coma e morreu por infecção generalizada. Estava em liberdade condicional desde agosto de 2023, após sete meses de prisão.
Kleber de Freitas
Kleber de Freitas, de 44 anos, técnico em radiologia do Paraná, morreu em maio de 2024 na casa dos pais. Denunciado por incitação ao crime e associação criminosa, havia solicitado a flexibilização das medidas cautelares para cuidar do pai e de um filho com necessidades especiais. O pedido não foi respondido.
Antônio Marques

Outro caso foi o de Antônio Marques da Silva, de 49 anos, morador de Barra do Garças (MT), que morreu em outubro de 2023 após sofrer traumatismo cranioencefálico e choque neurogênico. Ele havia sido preso em janeiro de 2023 e passou à prisão domiciliar no mesmo mês.
Em agosto, teve o processo suspenso após um acordo de não persecução penal (ANPP). Dois meses depois, faleceu.
Giovanni Carlos

Giovanni Carlos dos Santos, de 46 anos, cuidador de idosos em São José dos Campos (SP), morreu em janeiro de 2024 após cair de uma escada de sete metros enquanto podava uma árvore. Ele também estava em liberdade provisória desde março de 2023, com uso de tornozeleira eletrônica.
Jony Figueiredo
Por fim, Jony Figueiredo da Silva, de 44 anos, morreu em setembro de 2024 após uma parada cardiorrespiratória no Hospital Regional de Planaltina (DF). Ele havia sido denunciado por cinco crimes após um boné com seu material genético ser encontrado no plenário da Câmara.
Sua audiência de instrução estava marcada para outubro, mas o STF foi informado da morte alguns dias antes da data.
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Fonte : Conexão Politica