

PM acusado de matar colega em motel celebra absolvição por júri popular em SC – Foto: Reprodução/ND
Anderson Dieymes David, o policial militar acusado de matar um colega dentro de um motel em Joinville, comemorou a absolvição pelo júri popular. No julgamento, que terminou à 1h45 da madrugada desta quarta-feira (23), a defesa alegou que o réu agiu em legítima defesa.
De acordo com o juiz presidente do júri, o Conselho de Sentença reconheceu a materialidade do crime, reconheceu Anderson como autor do assassinato, mas optou por absolvê-lo.
O que levou júri popular a absolver acusado
Em maioria, o Conselho de Sentença concordou com a tese apresentada pela defesa de Anderson. Segundo o advogado Claudio Dalledone Júnior, não houve premeditação do crime.
“Ele disparou em legítima defesa, ao encontrar o seu amigo PM, dentro do motel com a sua esposa, apontando uma arma em sua direção. É um caso clássico de legítima defesa”, garantiu o advogado.
Comoção ao ser absolvido
Ao descobrir o resultado do júri, Anderson não conteve as lágrimas e agradeceu sua equipe de defesa. “Não tenho nem como agradecer, doutor”, disse ao advogado Dalledone.
O momento foi registrado em vídeo e compartilhado, exclusivamente, com o portal ND Mais.
Acusado celebrou absolvição – Vídeo: Reprodução/ND
Relembre o caso
De acordo com a denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o crime aconteceu em um motel no distrito de Pirabeiraba, em maio de 2017. Anderson teria alugado um quarto para flagrar a ex-companheira que estaria com um outro policial militar no estabelecimento.
Ainda segundo a denúncia, ele teria ido até o quarto onde a ex, que também era policial militar, estaria com o colega de corporação. Anderson ainda teria conseguido entrar no quarto e disparado contra a cabeça da vítima, identificada como Jefferson da Silva Marafian, que morreu pouco tempo depois.

Crime aconteceu em motel em 2017 – Foto: Reprodução/NDTV
Conforme a defesa, Anderson está excluído da PM desde a época do fato. “Ele passou quase sete anos sendo tratado injustamente como vilão e, por conta disso, teve a carreira interrompida. Agora, com a absolvição, nós iremos pedir a reintegração imediata de Dieymes à corporação”, disse o advogado Renan Canto, que também integra a defesa.