Após morte de policial penal no trânsito, sindicato cobra melhores condições para servidores

O Sindicato da Polícia Penal RS (Sindppen) reagiu diante de mais uma fatalidade envolvendo um dos trabalhadores. Na noite desta quinta-feira, a policial penal Juliana Hendges morreu em um acidente de trânsito na BR-386, tornando-se a mais recente vítima de um sistema que, segundo o sindicato, negligencia a segurança e bem-estar dos profissionais da área.

A nota emitida pelo Sindppen inicia com uma expressão de desânimo: “Já nos faltam as forças para falar de nossas tragédias!”. O sindicato destaca que Juliana Hendges, ao colidir frontalmente com outro veículo no km 170 da BR-386, tornou-se mais uma vítima das condições desafiadoras enfrentadas pelos policiais penais no exercício de suas funções. “Colisões de frente costumam acontecer quando a pessoa dorme no volante”.

A nota ressalta que a casa prisional em que a policial atuava, situada em Lajeado, contava apenas com três plantonistas para supervisionar cerca de 300 presos. O Sindppen considera essa falta de efetivo insustentável e aponta para a responsabilidade do governo estadual, enfatizando a necessidade urgente de mudanças.

“É urgente que tenhamos soluções, mudanças, servidores em número adequado para realizar as atividades e valorização”, clama o sindicato em sua nota. A mensagem enfatiza a precariedade das condições de trabalho e a falta de investimento em recursos humanos para garantir a segurança dos profissionais.

O apelo dramático do Sindppen encerra a nota: “Socorro! Não aguentamos mais!”. O sindicato destaca a necessidade de uma resposta imediata para as demandas dos policiais penais, evidenciando que a tragédia não foi um evento isolado, mas sim resultado de um sistema negligente.

Novos servidores

O governador Eduardo Leite anunciou, na tarde desta quarta-feira (28/2), o chamamento de 1.798 novos servidores para a Segurança Pública do Rio Grande do Sul, com investimento financeiro estimado em R$ 483,2 milhões até o fim de 2026. Serão incorporados servidores na Brigada Militar (BM), na Polícia Civil (PC), na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e no Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS).

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