Gaúcha é reconhecida mundialmente por pesquisa sobre Alzheimer

A doutoranda em Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Giovanna Carello Collar, foi uma das vencedoras do prêmio One to Watch, concedido pela Alzheimer’s Association International Conference (AAIC). A premiação reconhece jovens pesquisadores promissores na área da neurociência e ocorreu em fevereiro, durante a AAIC Neuroscience Next – Hub Indiana, nos Estados Unidos.

Com apenas 27 anos, a pesquisadora foi selecionada por um comitê de especialistas ao lado de outros três cientistas, destacando-se na categoria de pesquisador em início de carreira. O reconhecimento soma-se a uma trajetória marcada por diversas conquistas acadêmicas. Desde 2020, Giovanna já recebeu cerca de 15 bolsas de viagem para participar de conferências e cursos sobre doença de Alzheimer e neurodegeneração em instituições nacionais e internacionais.

A pesquisa conduzida por Giovanna investiga fatores protetores e de resiliência no Alzheimer, com foco na origem precoce da doença durante o neurodesenvolvimento. Seu estudo identificou que uma mutação genética em um gene específico, chamado relina, pode oferecer proteção contra o acúmulo da proteína tau, um dos principais agentes relacionados ao desenvolvimento da doença. Como parte de sua formação, a doutoranda também foi contemplada com uma bolsa Fulbright, que possibilitou a realização de parte de suas pesquisas na Harvard Medical School.

O impacto do Alzheimer cresce globalmente, especialmente com o envelhecimento da população. De acordo com a Alzheimer’s Association, quase 7 milhões de americanos convivem com a doença atualmente, e esse número pode chegar a 13 milhões até 2050.

A trajetória de Giovanna na ciência tem fortes ligações com sua história familiar. Sua avó, que não chegou a conhecer, conviveu com o Alzheimer e serviu de inspiração para seu interesse na área. Além disso, sua mãe também seguiu carreira na ciência, tendo estudado Química na UFRGS.

A jovem cientista ingressou na graduação em Biomedicina em 2015 e, inicialmente, dedicou-se a pesquisas sobre autismo. No último ano do curso, encontrou a oportunidade de ingressar em um laboratório recém-criado dedicado ao estudo do Alzheimer, onde aprofundou seus conhecimentos na área.

Com uma carreira já consolidada na pesquisa, Giovanna sonha em criar um instituto voltado ao estudo do Alzheimer no Brasil, incentivando novas gerações de cientistas e contribuindo para o avanço das descobertas sobre a doença.

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