Barco afunda na travessia do rio e mata duas pessoas em Cabedelo

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A Polícia Civil da Paraíba deve abrir inquérito para apurar as responsabilidades dos quatro tripulantes do barco que afundou na tarde do último domingo (16), no trecho do Rio Paraíba que fica entre Cabedelo e o distrito de Forte Velho, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. Além das chuvas, ventos fortes e baixa visibilidade, a delegada plantonista que atendeu à ocorrência, Vanderleia Gadi, alertou que o consumo de álcool pode ter contribuído para o agravamento da situação, levando à morte de Juscelino Batista de Araújo, que conduzia a canoa, e Francisco Joaquim do Nascimento Neto.

“A morte, mesmo que seja por acidente, já é indício de um inquérito pericial. Neste caso, há ainda o fato de alguns familiares e conhecidos das vítimas terem confirmado que eles ingeriram álcool, antes de sair. Por isso, vamos ver a necessidade de apurar as responsabilidades”, explicou a delegada. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o filho de Juscelino confessa que os quatro estavam bebendo antes de realizar a travessia. Ele também ressaltou que o pai era um pescador experiente.

A informação foi confirmada pelo presidente da Colônia de Pescadores de Cabedelo, Ricardo Melo, que acrescentou ainda que os outros três amigos também eram muito experientes. Ao ser questionado sobre a falta de coletes salva-vidas na embarcação, Ricardo disse que esse equipamento não era comum de se encontrar, justamente pela destreza dos pescadores. Ele, entretanto, não quis informar se os acidentados faziam parte da associação. 

Segundo o major Tiago Antônio, chefe da coordenadoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros da Paraíba, o acidente aconteceu por volta das 16h, quando os quatro amigos saíram de Forte Velho em direção a Cabedelo. No início do passeio, eles postaram um vídeo do momento em que atravessavam o rio. Minutos depois, o barco virou. “Os dois primeiros foram encontrados entre Forte Velho e Cabedelo, por um militar nosso que estava de folga. Ele fez o resgate do tripulante vivo e a recuperação do que estava em óbito. Em seguida, ele veio para a unidade e se juntou aos demais, para ajudar a encontrar os outros dois, já que conhece bem a área. Eles encontraram os demais, sendo um vivo e o outro já morto, na área de Forte Velho, na ilha da Restinga”, detalhou.

Além das duas vítimas fatais, o acidente deixou feridos Enildo Ferreira de Barros e Genilzon Monteiro Targino, que foram levados para unidades de saúde, mas receberam alta ainda no domingo. Informações iniciais davam conta de que eles estavam no Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa, mas a assessoria de imprensa do local informou que eles não foram enviados para lá.

A reportagem também entrou em contato com a Capitania dos Portos, para questionar sobre a fiscalização no local, mas a assessoria de imprensa afirmou que só se pronunciará por nota. Entretanto, até o fechamento desta edição, a nota ainda não havia sido enviada.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 18 de março de 2025.

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A União

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