Indústria de brinquedos está em expansão, mas falta mão de obra qualificada


São 7 mil vagas abertas para trabalhar na área que investe em inovação. A indústria de brinquedos está em expansão, mas falta mão de obra qualificada. São 7 mil vagas abertas na área que investe em inovação.
Uma indústria movida pela novidade. O joguinho que ajuda a aprender inglês recorre à realidade aumentada para criança entender a pronúncia das palavras. Nem é preciso ser criança para ficar de olho nos robozinhos, que aparecem em várias versões em uma feira de fabricantes de brinquedos em São Paulo.
Tem do cachorrinho ao dançarino. O pet virtual pede carinho o dia inteiro para continuar crescendo. A indústria de brinquedos é ainda capaz de se reinventar com sucesso. A categoria de jogos, como os de tabuleiro, teve em 2024 o maior crescimento desde 2017. E o resultado geral também foi positivo: 8,5%. Outros fatores que ajudaram, dizem os fabricantes.
“O câmbio alto nos dá muito mais competitividade em relação aos produtos importados e também o fato do crescimento da economia. Então, na medida que a economia cresce como cresceu no ano passado, abre mais possibilidades, e setores como o nosso de brinquedos acabam tendo a possibilidade de crescer até acima da média do PIB”, diz Carlos Antonio Tilkian, vice-presidente da Abrinq.
Indústria de brinquedos está em expansão, mas falta mão de obra qualificada
Jornal Nacional/ Reprodução
Com o aumento nas vendas, a indústria passou a contratar mais. O nível de emprego é o maior desde 2013 e existem 7 mil vagas abertas.
Em uma fábrica em Barueri (SP), o projeto é dobrar a produção em 2025. Para isso, a empresa se mudou para um galpão maior, comprou máquinas e está contratando mais gente. Só a linha de produção já conta com onze funcionários novos. A fábrica de jogos educativos tem vagas em todas as áreas.
“Do quadro inicial, algo como 80% das vagas, a gente preencheu. Mas a gente ainda tem uns 20% e várias vagas abertas ainda. Então, eu tenho tido, sim, uma dificuldade na contratação. Tenho vaga e, muitas vezes, eu não tenho a mão de obra qualificada para essa vaga”, conta Talita Mazzi Guimarães, empresária e diretora comercial.
Indústria de brinquedos está em expansão, mas falta mão de obra qualificada
Jornal Nacional/ Reprodução
O Almir Júnior ficou só 15 dias desempregado e assumiu em janeiro o posto de supervisor comercial da fábrica. Agora, procura preencher três vagas de vendedor.
“O que a gente enxerga aqui como oportunidade é a pessoa estar realmente aberta a poder aprender, crescer. A minha ideia é ter um time ali fazendo barulho, eu quero chegar em um momento que todo mundo está falando e brigando para ter espaço para falar com o cliente ali do lado no telefone”, afirma o supervisor comercial Almir Júnior.
O auxiliar de produção Julio Cezar Gregório Mitunowicz também foi contratado no início de 2025 e já tem planos para parte do salário:
“Eu estou pensando em ter minha casa própria. Então, já é um grande começo. Estou pensando no futuro”, diz.
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