Mãe que denunciou maus-tratos em creche de Tangará diz sofrer pressão para apagar publicações

Idilvana
Schlindwein, mãe que denunciou maus-tratos aos filhos gêmeos em uma creche de
Tangará, afirmou nesta quinta-feira, 13 de março, que está sendo pressionada
pela Secretaria de Educação a remover suas publicações sobre o caso das redes
sociais.

Em um
vídeo, Idilvana relatou que a Secretaria argumenta que suas declarações
estariam generalizando a situação e prejudicando a imagem dos demais
profissionais da educação.

“Só quis
defender meus filhos, porque não foram só eles que sofreram maus-tratos. Há
muito tempo existiam denúncias, e muitos pais exigiram acesso às imagens das
câmeras de segurança. Por que nada foi feito antes da repercussão do caso?
Agora a Prefeitura quer que a gente apague as postagens, alegando que estamos
sendo injustos com os professores. Peço desculpas aos profissionais que não têm
nada a ver com isso, sei que muitos cuidam das crianças até melhor do que os
próprios pais, mas não posso ignorar o que meus filhos passaram nas mãos dessa
mulher”, desabafou.

Ela também
negou que tenha generalizado o caso. “Parem de dizer à sociedade que isso foi
generalizado. São vocês que estão fazendo isso”, rebateu.

De acordo
com Idilvana, os filhos voltavam para casa com hematomas pelo corpo, sempre com
a justificativa de que haviam caído na creche. No entanto, ao ter acesso às
imagens das câmeras de segurança, a mãe disse ter se assustado com a
brutalidade com que as crianças eram tratadas, sendo arrastadas pelos braços e
até agredidas pela profissional.

A
Prefeitura de Tangará se manifestou na manhã desta sexta-feira, 14 de março, após
a grande repercussão do caso. Em nota, informou que um processo administrativo
foi aberto para apuração dos fatos e, como medida preventiva, a servidora
envolvida foi afastada. A administração também investiga uma possível omissão
por parte de uma auxiliar.

“Assim que
a Secretaria de Educação tomou conhecimento sobre a denúncia, foram adotadas
imediatamente todas as medidas administrativas e penas cabíveis necessárias
para garantir a segurança e a integridade das crianças”, diz o comunicado.