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Objetivo é incluir provas e documentos obtidos em investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado; medida mira os filhos do ex-presidente
A Coligação Brasil da Esperança, pela qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se elegeu, protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (12), pedido para ampliar o escopo da ação que investiga a conduta de Jair Bolsonaro (PL) e aliados durante e após as eleições de 2022.
O objetivo é incluir provas e documentos obtidos nos inquéritos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre reuniões em que teria sido discutida a possibilidade de um alegado golpe de Estado. Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas no caso.
“O material analisado pela PGR revela que as diversas estratégias adotadas pela organização foram planejadas previamente. Esse planejamento previa não apenas os ataques ao processo eleitoral, mas também a execução do golpe de Estado, que se concretizaria através da publicação de um Decreto Presidencial, da eliminação de autoridades públicas e do domínio da narrativa tanto no âmbito nacional quanto internacional acerca da ruptura institucional”, escreveram os advogados da coligação.
A intenção é reforçar a tese de “abuso de poder político” e demonstrar que as supostas ações não se limitaram a Bolsonaro, mas envolveram uma estrutura política e institucional mais ampla.
Na petição, a defesa da coligação solicita o compartilhamento das provas já coletadas no processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido inicial ocorreu em 2022, após manifestações no 7 de setembro para apurar abuso de poder político e econômico.
A coligação Brasil da Esperança mira agora os filhos de Bolsonaro, Flávio (senador pelo RJ) e Eduardo (deputado federal por SP).
Os dois são investigados neste processo e são apontados, por alguns, como alternativas na disputa presidencial caso o ex-presidente não consiga se candidatar nas eleições de 2026.
Eduardo Bolsonaro é descrito na petição como o articulador internacional para que um eventual “golpe” fosse aceito.
“Eduardo, que foi cogitado por seu próprio pai a assumir a vaga de embaixador nos Estados Unidos, representa uma figura importante na articulação internacional desse grupo político”, justificam.
Já Flávio, sustentam os advogados, fez ataques às urnas e ao STF, ajudando a fomentar a narrativa usada pelos investigados.
Caso o pedido seja aceito e as investigações avancem, os filhos de Bolsonaro poderiam se tornar inelegíveis em uma eventual condenação.
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Fonte:
Paulo Figueiredo