Vistoria encontra 50 sofás e poltronas descartados na Lagoa da Tijuca


O Bom Dia Rio acompanhou o biólogo e ambientalista Mario Moscatelli em um giro pelo espelho d‘água. Sofás e poltronas boiam na Lagoa da Tijuca e evidenciam descarte irregular de lixo
Uma vistoria independente na última sexta-feira (8) encontrou cerca de 50 sofás e poltronas descartados irregularmente na Lagoa da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O Bom Dia Rio acompanhou o biólogo e ambientalista Mario Moscatelli em um giro pelo espelho d‘água. Embora existam telas de proteção para conter o lixo, muitos desses objetos vêm dos rios da área urbanizada de Jacarepaguá e acabam se espalhando por quilômetros até o mar.
“Com o agravamento do assoreamento, naquele dia que chover 400 milímetros e a maré estiver alta, vai ser a água que vai invadir a sua casa”, alertou Moscatelli.
Sofás e poltronas boiam na Lagoa da Tijuca
Reprodução/TV Globo
Lixo é descartado de maneira irregular na Lagoa da Tijuca
Reprodução/ TV Globo
A poluição da região não é recente. Segundo Moscatelli, a crosta preta acumulada na superfície indica que há pelo menos 40 anos o esgoto se deposita no fundo das lagoas.
Dragagem tenta reduzir impacto ambiental
Para tentar reverter esse cenário, a Iguá Saneamento, concessionária responsável pela despoluição do complexo lagunar da Barra e Jacarepaguá, tem realizado ações de limpeza na área. Equipes utilizam dragas para remover sedimentos acumulados e filtram os resíduos antes de destiná-los adequadamente.
“Essas balsas especiais são acompanhadas dos instrumentos de dragagem que retiram o sedimento do fundo da lagoa. A gente retira isso, separa o que tem a possibilidade de ser reciclado do que não tem, para dar a destinação adequada”, explicou Leonardo Soares, diretor de Assuntos Corporativos da Iguá Saneamento.
Desde abril de 2024, mais de 5.300 balsas carregadas de sedimentos já foram retiradas da lagoa — o equivalente a quase 200 piscinas olímpicas. O objetivo da concessionária é alcançar a marca de mil balsas.
O projeto, previsto no contrato de concessão da Iguá, está atualmente concentrado na Lagoa da Tijuca. Além de reduzir a poluição, a iniciativa busca restabelecer a troca de água com o mar e minimizar o risco de grandes inundações na região.
Dragagem na Lagoa da Tijuca
Reprodução/TV Globo
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