Lula indica advogada de Gleisi Hoffmann para o STM, mas governo acumula baixas femininas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para integrar o Superior Tribunal Militar (STM). O anúncio, feito neste sábado (8), Dia Internacional da Mulher, foi apresentado como um passo para ampliar a presença feminina na Corte, que em 217 anos de história teve apenas uma ministra.

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Sterman é advogada pessoal da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que assume na segunda-feira (10) a Secretaria de Relações Institucionais. Se aprovada pelo Senado, ela se juntará à ministra Maria Elizabeth Rocha, pioneira no STM, também nomeada por Lula em 2007.

A escolha ocorre poucos dias antes de Maria Elizabeth assumir a presidência do tribunal, na quarta-feira (12), e atende a um pedido da ministra para que o presidente indicasse uma mulher à Corte.

Embora a nomeação de Sterman tenha sido destacada pelo governo, o mandato de Lula tem sido marcado por saídas femininas do alto escalão. Desde o início da gestão, três ministras e a presidente da Caixa Econômica Federal deixaram seus cargos, muitas vezes em meio a pressões políticas.

A mais recente mudança ocorre no Ministério da Saúde, onde Nísia Trindade será substituída após semanas de desgaste interno. A saída, articulada por setores do próprio PT, será oficializada na segunda-feira (10).

Em setembro de 2023, Ana Moser deixou o Ministério do Esporte, cedendo o cargo ao deputado André Fufuca (PP-MA), nome apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No mesmo período, Daniela Carneiro perdeu o comando do Ministério do Turismo, substituída pelo deputado Celso Sabino (União-PA) após perder apoio dentro do Centrão.

No setor financeiro, Rita Serrano foi removida da presidência da Caixa Econômica Federal e substituída pelo economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado por Lira.

A nomeação de Sterman ocorre após Lula optar por dois homens para o Supremo Tribunal Federal (STF) em seu atual mandato. Cristiano Zanin, seu ex-advogado, foi indicado em julho de 2023, seguido pelo ex-ministro da Justiça Flávio Dino, nomeado em janeiro de 2024.

As escolhas frustraram setores que esperavam maior representatividade feminina na cúpula do Judiciário. Atualmente, apenas Cármen Lúcia ocupa uma das 11 cadeiras do STF.

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Fonte : Hora Brasilia

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