Igreja Metodista promove nesta sexta-feira a tradicional marcha pelo Fim da Violência Contra a Mulher

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No dia 7 de março, a partir das 18 horas, acontecerá uma caminhada pelo fim

da violência contra a mulher, no Busto de Tamandaré em João Pessoa. O

evento, promovido anualmente pela Igreja Metodista, faz parte das iniciativas

pelo Dia Internacional da Mulher e está inserido na campanha global

“Thursdays In Black” (Quinta-feira de Preto), que teve início na África do Sul e

conta com o apoio do Concílio Mundial de Igrejas (CMI). No Brasil, a

Confederação Metodista de Mulheres (CMM) abraçou essa causa desde 2016,

e a Metodista João Pessoa também participa ativamente na defesa dos direitos

das mulheres e na luta contra a violência de gênero.

Segundo Andreia Fernandes, pastora da Metodista, a caminhada pelo fim da

violência contra as mulheres não é apenas parte da tradição desta

denominação, mas também é um compromisso de fé. “Quando a gente se

entende como discípulo e discípula de Jesus, que proclama um reino de paz e

alegria, nos comprometemos a construir um mundo mais justo e igualitário para

todas as pessoas”, Andreia.

Uma dissertação de mestrado da Universidade Federal da Bahia analisou as

percepções de mulheres evangélicas atendidas no Centro de Referência de

Atendimento à Mulher em Itabuna-BA sobre a influência da religião no

enfrentamento da violência doméstica. O estudo revelou que, em alguns casos,

lideranças religiosas podem reforçar a submissão feminina, dificultando o

rompimento do ciclo de violência. Diante desse dado alarmante, a mobilização

de igrejas, fiéis e líderes cristãos torna-se fundamental para ampliar a

conscientização e promover mudanças.

Andreia Fernandes afirma que no Reino de Deus, todas as pessoas são

valorizadas. “Enquanto a sociedade hierarquiza as pessoas, e nessa hierarquia

as mulheres estão em situação de subalternização, no Reino de Deus e todas

as pessoas têm valor e igual importância. Por isso, nos colocamos como um

agente que denuncia as injustiças, o pecado da violência contra a mulher e nos

posicionamos como uma igreja que está disponível a acolher mulheres vítimas

de violência. Entendemos que faz parte da nossa missão denunciar quem

agride, mas acolher e colaborar no processo de transformação de agressores.

Violência contra a mulher é crime e deve ser tratada na esfera cível”,

acrescenta a pastora.

Serviço ao público

Durante o evento, haverá advogadas disponíveis para orientar mulheres que

precisem de apoio jurídico, além de espaços de oração e acolhimento para

aquelas que desejarem compartilhar suas experiências e buscar fortalecimento

espiritual.

“Seja você membro da igreja ou não, se acredita na importância dessa causa,

junte-se a essa caminhada. Use uma camisa preta, traga sua força e coragem,e participe de um movimento que busca um mundo sem violência contra a

mulher”, convida.

@politicaetc

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