Lula quer Boulos em ministério e membros do PT tentam impedir

O deputado do PSOL está sendo considerado como uma opção para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República.

A pasta faz a intermediação entre o governo e movimentos sociais para coordenar e articular políticas.

O posto é ocupado atualmente pelo ex-tesoureiro da campanha de 2022, Márcio Macêdo (PT), que está sofrendo críticas do próprio presidente por conta da falta de apoio nas ruas.

Macêdo enfrenta dificuldades para dialogar com os movimentos, que cobram por ações mais incisivas do governo.

Boulos tem um bom trânsito entre esses grupos, principalmente por conta de seu histórico na militância à frente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Ele já tinha sido cotado para ocupar um cargo no governo, mas isso não aconteceu por causa das eleições municipais de 2024.

Na época, Boulos já era um pré-candidato para a disputa. O deputado chegou a receber apoio direto de Lula, mas acabou derrotado no segundo turno pelo então prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Apesar do presidente defender a nomeação, parte de seu partido defende que cargos ligados à articulação do presidente sejam ocupados por petistas.

O PSOL já ocupa o Ministério dos Povos Indígenas com Sônia Guajajara. Auxiliares de Lula defendem que ocupar duas pastas não seria proporcional ao tamanho do partido.

Além disso, uma ala do partido de Boulos está criticando o governo e defende que a sigla se afaste da gestão petista.

Uma das possibilidades para driblar esse cenário seria Boulos se filiar ao PT, algo defendido há tempo por seus aliados.

Segundo a Folha de São Paulo, Lula chegou a dizer que considera Boulos mais petista do que muitos membros do PT.

Outro candidato à vaga é o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo de juristas alinhado ao governo chamado Prerrogativas.

Seu nome já tinha sido cotado para o cargo logo após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

Os deputados petistas José Guimarães e Paulo Pimenta também estão sendo considerados para ocupar o cargo.

Gleisi Hoffmann era uma das principais opções do governo, mas acabou sendo indicada para o ministério das Relações Institucionais.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.