Polícia Civil desarticula esquema de rifas ilegais de influenciadores digitais

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), realizou uma operação na quarta-feira (17) com o intuito de investigar influenciadores digitais suspeitos de estelionato, crimes contra a economia popular e associação criminosa. A ação resultou na expedição de 7 mandados de busca e apreensão contra 5 suspeitos.

Entre os alvos da operação estão Nathanael Cauã Almeida de Souza, conhecido como Chefin (13,5 milhões de seguidores); Luiz Guilherme de Souza, também conhecido como Gui Polêmico (15 milhões de seguidores); e Samuel Bastos de Almeida, conhecido como Almeida do Grau (450 mil seguidores).

Segundo as investigações, os acusados utilizavam artifícios para manipular sorteios e resultados, garantindo lucros milionários para sustentar seus estilos de vida luxuosos, incluindo aquisição de veículos de luxo e mansões. Os mandados foram cumpridos em residências localizadas em bairros nobres do Rio de Janeiro, como Niterói, São Gonçalo e Magé.

A Polícia Civil afirmou que o objetivo da ação é identificar outros membros do grupo criminoso e coletar provas de outros delitos, como lavagem de dinheiro. Durante a operação, foram apreendidos maços de dinheiro, relógios e joias.

Os influenciadores em questão são conhecidos por exibirem uma vida de luxo nas redes sociais e por promoverem sorteios de prêmios. No entanto, seguidores relatam problemas como a não entrega dos prêmios anunciados e falta de resposta aos questionamentos.

Um exemplo é um sorteio anunciado por Gui Polêmico de um automóvel BMW X1, avaliado em R$ 300 mil, por apenas R$ 0,10. Para dar credibilidade aos sorteios, os influenciadores simulavam entregas de prêmios e publicavam vídeos em suas redes sociais. No entanto, prêmios menores eram entregues aos ganhadores, incentivando a compra de bilhetes de rifas com valores mais altos.

Fonte: Agência Brasil

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