Nova denúncia questiona ‘grave deficiência de profissionais de enfermagem’ na UTI do Ruth Cardoso

Após o Página 3 publicar reportagem sobre as más condições da cozinha do Hospital Municipal Ruth Cardoso (relembre aqui), uma nova denúncia aponta corte de horas extras e ‘grave deficiência de profissionais de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)’ do hospital de Balneário Camboriú. A secretária de Saúde, Aline Leal, se pronunciou sobre o assunto. 

Acompanhe:

Segundo a denúncia anônima, a deficiência de profissionais de enfermagem na UTI do Ruth Cardoso compromete diretamente a qualidade da assistência prestada aos pacientes internados. 

O denunciante informou ao jornal que, atualmente, a equipe de enfermagem encontra-se sobrecarregada, com um número insuficiente de profissionais para atender à alta demanda da unidade. 

“Esse déficit acarreta diversos problemas, como aumento do tempo de resposta às necessidades dos pacientes, riscos de eventos adversos e comprometimento da segurança e da humanização do atendimento. A falta de pessoal também afeta diretamente a qualidade dos cuidados intensivos, expondo os pacientes a um cenário de desassistência, além de sobrecarregar fisicamente e emocionalmente os profissionais que permanecem no setor. Isso pode levar a um aumento no índice de afastamentos por exaustão, agravando ainda mais a situação”, diz a nota.

A denúncia solicita ‘providências urgentes para a contratação e reposição de profissionais de enfermagem na UTI’, para assim garantir um quadro adequado para oferecer um atendimento digno e seguro aos pacientes internados. 

O que diz a secretária de Saúde

O jornal repassou a denúncia e solicitações para a secretária de Saúde da cidade, Aline Leal, que agradeceu pelo denunciante ‘trazer essa preocupação’, pois compreendem a importância de uma assistência segura e humanizada na UTI. 

“Desde que assumimos a gestão, temos revisado continuamente os processos, fluxos e a gestão de pessoas, realocando profissionais conforme perfil e realizando estudos para dimensionamento adequado da equipe, sempre em conformidade com as resoluções dos conselhos. Apesar desses esforços, enfrentamos um alto turnover em áreas críticas, além de afastamentos prolongados (15, 30, 90 dias), o que impacta toda a organização. O processo de chamamento e admissão exige etapas formais, o que pode tornar a reposição mais demorada. No entanto, já realizamos diversas convocações para equilibrar a equipe e garantir a assistência adequada”, disse.

A secretária salientou ainda que, atualmente, há memorandos em tramitação junto aos responsáveis para fortalecer a segurança assistencial. 

“Como plano de ação, priorizamos coberturas com folgas e, quando necessário, avaliamos a realização de extras junto à alta gestão. Reafirmamos nosso compromisso em acompanhar de perto essa demanda e continuar buscando soluções para garantir um atendimento de qualidade e seguro para todos. Estamos empenhados com muita responsabilidade em reorganizar o hospital. Existia uma cultura de liberação e pagamentos de horas extras sem critérios, bem como dimensionamento que não era realizado conforme legislação”, completou.

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