Sob governo Lula, Brasil registra pior colocação da história no ranking de percepção da corrupção

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O Brasil registrou sua pior colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional em 2024, ocupando a 107ª posição entre 180 países e empatando com Nepal, Argélia, Malauí, Níger, Tailândia e Turquia. Segundo o relatório, a piora na avaliação brasileira reflete a ausência de medidas concretas para o combate à corrupção, a permanência de figuras políticas envolvidas em investigações e o retorno de empresários já condenados por irregularidades aos bastidores do governo.

Entre os fatores que contribuíram para a queda do Brasil no ranking, o estudo destaca o silêncio do governo Lula sobre a pauta anticorrupção e a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, mesmo após ser indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa. O relatório também cita a influência de empresários como os irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F, que participaram de reuniões no Palácio do Planalto, e as decisões do ministro do STF, Dias Toffoli, que anularam sanções bilionárias em acordos de leniência de empresas envolvidas na Lava Jato.

Percepção de corrupção no Brasil caiu ao longo dos últimos anos | Foto: Divulgação/Transparência Internacional

A Transparência Internacional ressalta ainda a continuidade da distribuição de recursos via emendas parlamentares sem rastreabilidade, contrariando determinações do STF, e as suspeitas de tráfico de influência e compra de sentenças envolvendo lobistas e advogados em tribunais superiores, incluindo o STJ. Apesar do cenário negativo, o relatório reconhece avanços na agenda anticorrupção, como a decisão do STF de proibir emendas secretas, o lançamento do Plano de Integridade e Combate à Corrupção pela Controladoria-Geral da União e o fortalecimento da fiscalização ambiental, que ajudou a reduzir o desmatamento e a exploração ilegal do ouro.

Para reverter esse quadro, a Transparência Internacional recomenda que o governo federal rejeite emendas sem transparência, fortaleça a governança das estatais para reduzir a influência política, exonere ocupantes de cargos públicos sob investigação e garanta que a renegociação de acordos de leniência seja feita com critérios técnicos. Para o Congresso, sugere a total transparência nos gastos parlamentares e melhorias na regulamentação do lobby. Já para o Judiciário, defende a fiscalização do cumprimento das determinações sobre emendas parlamentares e a revisão das decisões que anularam multas da Lava Jato.

Mapa de percepção de corrupção no mundo em 2024 | Foto: Divulgação/Transparência Internacional

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Fonte : Conexão Politica

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