Emerson Luis. Esporte: Meio caminho andado

Nostradamus

Dois colegas de profissão, por coincidência da mesma empresa, virava e mexia, começavam o texto de seus artigos em jornal impresso com a frase “conforme antecipou a coluna”…

O objetivo era se vangloriar naquilo que o jornalismo chama de “furo”.

Foi o que aconteceu na minha última publicação aqui no Portal.

Complexo Esportivo do Sesi foi inaugurado em 4 de dezembro de 1978. Foto: Internet

Antecipação

Faltava a oficialização.

Que veio, por coincidência, na mesma sexta-feira (31), quando a assessoria do prefeito soltou um vídeo nas redes sociais, gravado no Sesi, em que Egidio Ferrari destacou a liberação do estádio para o futebol.

Um trabalho articulado nos bastidores, sem a necessidade do aval dos projetos da municipalização, na Câmara de Vereadores (aprovado e enviado para sansão do prefeito) e na Assembleia Legislativa (ainda precisa ser votado).

Protagonista

O prefeito, com toda a habilidade nos bastidores, produziu um grande lance individual e marcou um belo gol.

Liderou o processo (há tempos faltava alguém fazer isso), matou no peito, e com habilidade, abriu o caminho para uma grande vitória.

Com isso, transferiu a responsabilidade da jogada para os clubes.

Pois o golaço coletivo ainda precisa ser marcado.

União

As diretorias estão alinhadas e comprometidas a bancar as reformas que precisam ser feitas.

E pelo que percebi na nesta primeira vistoria básica realizada na manhã desta sexta-feira (7), vão ter de correr atrás de parceiros e recursos para dividir a conta.

Que ninguém soube ainda precisar.

Um engenheiro indicado pelo Metropolitano acompanhou a visita.

Vai fazer um levantamento dos custos.

Grupo reunido logo após a avaliação das condições do estádio. Foto: Reprodução/NDTV

Conta

Tentei arrancar um valor básico para ter ideia do que vem pela frente.

Um dirigente me disse que de fato precisa esperar o relatório do engenheiro.

Contudo, acredita que com R$ 200 mil resolve os problemas básicos – metade para cada clube.

Técnicos da Federação e da LBF fizeram a medida do campo, Foto: Sidnei Batista

Geral

Como troca de azulejos nos quatro vestiários (equipe médica, arbitragem, time visitante e mandante).

Que também vão precisar de uma boa lavada no piso e uma demão de tinta nas paredes.

Essa parte do estádio estava praticamente abandonada.

Tanto é que no vestiário do time mandante, encontramos ninhos de morcegos.

Eram dezenas deles que ao verem a luz da televisão provocaram uma revoada um tanto quanto assustadora.

Vestiário da arbitragem. Foto: Reprodução/NDTV
Sala da equipe médica. Foto: Reprodução/NDTV
Vestiário do time visitante. Foto: Reprodução/NDTV
Lama se acumulou por causa das enxurradas. Foto: Reprodução/NDTV

Improviso

Isso acontece porque o Sesi não recebe jogos de futebol profissional desde 2019.

Não existe energia no lugar.

Nem água.

Tudo isso vai ter de ser religado.

Tanto é que já se cogita, por causa naturalmente dos custos, o aluguel de dois geradores (um principal e outro reserva).

Que fica na casa de R$ 15 a R$ 20 mil por jogo.

Parte da fiação elétrica do estádio. Foto: Emerson Luis

Erva daninha

O maior dos problemas, no entanto, é o gramado.

Que está contaminado e comprometido.

Precisa ser tratado. E aumentado.

Gramado está contaminado e precisa ser tratado. Foto: Emerson Luis

Obras

Em cinco metros para ser mais exato.

No comprimento.

Atrás do gol que dá para a rua Itajaí.

Campo vai precisar ser aumentado em 5 metros atrás do gol da rua Itajaí. Foto: Emerson Luis

28 de fevereiro

É o prazo estabelecido para a entrega dos laudos (Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Engenharia).

Posteriormente tem a avaliação da Polícia Militar.

E a vistoria definitiva da FCF.

Convenhamos, o tempo é curto.

A Federação vai ter de ceder em alguns pontos.

E tenho certeza que fará.

Está sendo parceira.

Entrevista de Carlos Crispin para a NDTV. Foto: Sidnei Batista

Permuta

Muita coisa precisa ser feita.

Por isso, a necessidade de conversar com empresários do ramo elétrico, hidráulico, da construção…

Em troca de placas de publicidade no estádio, por exemplo.

Sem contar a mão de obra.

Cabines e banheiros estão em boas condições. Foto: Reprodução/NDTV

Conspirando

A hora é essa!

Não tem mais volta.

Chega de pedir favores.

E ser motivo de chacota.

Metropolitano e Blumenau em Ibirama na Série B de 2024. Foto: Richard Ferrari

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de setorista na Rádio Unisul – CBN. Atualmente é apresentador, repórter, produtor e editor de esportes do Balanço Geral da NDTV Blumenau. Na mesma emissora filiada à Record, ainda exerce a função de comentarista, no programa Clube da Bola, exibido todos os sábados, das 13h30 às 15h.  

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