05/02 – Dia Nacional da Mamografia 2025

 

Comemorado em 5 de fevereiro, anualmente, o Dia Nacional da Mamografia foi instituído no Brasil pela Lei nº 11.695/2008.

A data tem como objetivo chamar a atenção para a importância da detecção de alterações nas mamas que podem ajudar a identificar este tipo de câncer antes do surgimento de sintomas.

 

O exame, que é uma radiografia das mamas, tem finalidade diagnóstica e serve, principalmente, para avaliar alterações mamárias suspeitas, em qualquer idade.

Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro e representa cerca de 1% do total de casos.

É importante ressaltar que a mamografia e o exame clínico identificam alterações suspeitas, mas a confirmação da doença é feita pelo exame histopatológico (biopsia), que analisa uma pequena parte retirada da lesão.

 

O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde – assim como da Organização Mundial da Saúde e de outros países – é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres com idade entre 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos, como forma de identificar o câncer antes do surgimento de sintomas.

Incluem-se também nessa recomendação os homens trans e pessoas não-binárias assignadas no feminino ao nascer, que mantêm as suas mamas.

Sinais e sintomas:

O sintoma mais comum do câncer de mama é o nódulo que pode ser acompanhado ou não de dor. Ele está presente em mais de 90% dos casos da doença. Nem todo caroço é câncer de mama, por isso, é importante consultar um profissional de saúde para análise. Outros sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja; pequenos nódulos embaixo do braço ou no pescoço; alterações no mamilo; saída espontânea de líquido de um dos mamilos.

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para isso (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias, pois a maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres!

Tratamento:

Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis. São vários subtipos de câncer de mama e cada um requer tratamento específico e individualizado.

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).

Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências).

As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

– Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
– Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

O Sistema Único de Saúde oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama, além de orientar a população sobre mudanças habituais das mamas em diferentes momentos do ciclo de vida e principais sinais suspeitos da doença.

Prevenção:

Cerca de 17% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

– Praticar atividade física.
– Manter o peso corporal adequado.
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
– Amamentar seu bebê.
– Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer.
– Não fumar e evitar o tabagismo passivo são medidas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama.

 

O Inca disponibiliza material educativo sobre o tema:

Cartilha Câncer de mama: vamos falar sobre isso?

– Folder Câncer de mama: vamos falar sobre isso?

 

Fontes:

Centro de Oncologia de Cascavel (PR)
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Núcleo de Telessaúde de Sergipe

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