Lira pressiona Lula por reforma ministerial e maior espaço ao centrão

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Prestes a deixar a presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) cobrou uma reforma ministerial do governo Lula para fortalecer a base parlamentar e ampliar o espaço de partidos que, segundo ele, têm dado mais votos ao Planalto, mas seguem sub-representados na Esplanada.

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Lira encerra seu mandato neste sábado (1º), com a provável eleição de seu aliado Hugo Motta (Republicanos-PB) para comandar a Casa. Em entrevista ao O Globo, ele sugeriu que o governo reavalie a distribuição de ministérios para consolidar apoios no Congresso.

“É fato que é necessária uma reforma ministerial. As nomeações originais da Esplanada foram feitas no calor da PEC da Transição. Ainda acho que o Senado ficou mais prestigiado que a Câmara e, no final, a Câmara votou mais fácil com o governo do que o Senado”, disse.

O recado de Lira reforça a expectativa de que Lula precisará ceder mais espaço ao centrão caso queira garantir estabilidade na segunda metade de seu mandato.

Lira, que rompeu com Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, também criticou a falta de sintonia dentro do governo e as dificuldades na articulação com o Congresso.

“O governo está com déficit, com dificuldades no Parlamento, na relação institucional. É preciso solucionar. Há um desencontro do governo com o próprio governo, entre áreas do governo. Não há uma sintonia”, afirmou.

Nos bastidores, Lira e outros líderes políticos veem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um dos poucos nomes do governo que têm conseguido manter o diálogo com o Congresso.

A provável reconfiguração da Esplanada deve fortalecer partidos como o PSD, que ampliou sua influência ao conquistar o maior número de prefeituras nas eleições municipais. A legenda já comanda três ministérios, mas pode ganhar ainda mais espaço.

Especula-se que Lira possa ser indicado para um cargo no primeiro escalão do governo após deixar a presidência da Câmara. Ele, no entanto, nega qualquer negociação nesse sentido.

“Nunca tive conversas com Lula sobre ministério, nem com nenhum membro do governo. Minha obrigação é deixar a presidência com a cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido”, afirmou.

Além da reforma ministerial, o governo deve redesenhar sua base política no Congresso para enfrentar desafios legislativos e preparar terreno para 2026. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também deixa a presidência do Senado, é um dos cotados para disputar o governo de Minas Gerais e já recebeu apoio explícito de Lula.

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Fonte : Hora Brasilia

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