Balneário Camboriú avança na estruturação da Defesa Civil com criação de plano de contingência

Balneário Camboriú está dando um passo importante na organização e fortalecimento de sua Defesa Civil com a elaboração do primeiro plano de contingência da cidade, iniciativa que visa atribuir responsabilidades claras e estabelecer diretrizes para ações em situações de emergência. 

O secretário de Segurança, Evaldo Hoffmann, destacou a importância desse avanço e criticou a falta de planejamento da gestão anterior. 

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Em reunião realizada com representantes do Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) no domingo (19), a prefeitura de Balneário Camboriú anunciou algumas medidas imediatas para fortalecer a Defesa Civil municipal. 

Entre as ações estão a nomeação de mais dois agentes de Defesa Civil e o executivo está trabalhando na elaboração de um Projeto de Lei para criar oficialmente o Conselho Municipal de Defesa Civil, que deve ir para a Câmara de Vereadores nos próximos dias. 

Além disso, a prefeita Juliana Pavan determinou a suplementação imediata do Fundo Municipal de Defesa Civil em R$200 mil.

Plano de contingência

Segundo o secretário de Segurança da cidade, Evaldo Hoffmann, Balneário Camboriú não tinha plano de contingência atualizado. 

O documento serve como um guia para que todos os órgãos municipais e parceiros saibam exatamente como agir em eventos de emergência, sejam eles climáticos, como enchentes, ou causados por outros fatores, como acidentes envolvendo produtos perigosos. 

“A partir do momento em que ocorre um evento que mobiliza a cidade como um todo, seja natural ou não, o plano define as atribuições de cada órgão envolvido. Ele estabelece diretrizes e permite uma resposta ágil e eficiente, reduzindo impactos para a população”, explicou Hoffmann.

Em situações de desastres climáticos, por exemplo, um gabinete de crise será instalado automaticamente. Recentemente, durante as fortes chuvas que atingiram Balneário Camboriú, a prefeita Juliana Pavan instalou o gabinete de crise no seu local de trabalho, mas a lei prevê flexibilidade para que a base seja na Secretaria de Segurança, dependendo da situação.

Estrutura operacional da Defesa Civil

A nova organização da Defesa Civil inclui uma coordenação geral que ficará sob a responsabilidade do secretário de Segurança e haverá ainda funções específicas como coordenador de imprensa (responsável por comunicar, em tempo real, informações como ruas bloqueadas e interdições em caso de situações que exijam tal), coordenador técnico: realiza avaliações de estruturas danificadas, como casas e prédios, e elabora relatórios que podem fundamentar solicitações de recursos. 

Reunião sobre melhorias na Defesa Civil no último dia 19 (Divulgação/PMBC)

Um exemplo recente foi a inspeção em 20 escolas municipais afetadas pela chuva (há prazo até o dia 26 de janeiro para entregar a documentação necessária e garantir auxílio) e ainda coordenador operacional, que aciona o Grupo de Resposta a Ações Climáticas (GRAC) e organiza a atuação das equipes diretamente no atendimento ao evento climático.

Além disso, o decreto prevê a criação de um Conselho Municipal de Defesa Civil, que será analisado pela Câmara de Vereadores na próxima sessão extraordinária. 

“Esse conselho é uma plataforma multidisciplinar que vai reunir instituições governamentais e não governamentais para discutir e aprimorar o plano de contingência. Vamos envolver entidades como Rotary, CDL, Acibalc, Convention Bureau, Sindisol e outros”, afirmou.

Recursos e desafios

Apesar do avanço organizacional, a cidade enfrenta desafios relacionados à falta de recursos materiais. 

“Quando assumimos, não havia estoque de materiais básicos para situações de emergência, como colchões. Nosso almoxarifado estava completamente vazio. Graças às doações recebidas recentemente, conseguimos atender as pessoas desalojadas pelas chuvas, mas seguimos sem estoque”, acrescentou o secretário.

A equipe da Defesa Civil, entretanto, é bem estruturada, segundo Evaldo – com dois técnicos formados pelo IFSC, um engenheiro, um geógrafo, professores e outros funcionários capacitados. 

“Temos dois diretores, um diretor geral e uma diretora focada nas atividades da Defesa Civil nas escolas, além de uma coordenadora de preservação a desastres. O efetivo é bom, mas precisamos garantir que os materiais estejam disponíveis para agir rapidamente em situações de crise”, disse.

Engajamento da sociedade

O secretário enfatizou a importância do engajamento da sociedade na construção do plano de contingência.

“Esperamos que as instituições atendam ao chamamento da prefeitura e se unam a nós para elaborarmos esse plano a quatro mãos. É uma missão que envolve todos — governo, sociedade civil, empresários e associações”, informou.

Com a aprovação do decreto, Balneário Camboriú espera criar uma base sólida para enfrentar futuros desafios climáticos ou emergências. 

“Estamos corrigindo um erro histórico e estruturando a Defesa Civil para ser eficiente e proativa. A prefeita Juliana Pavan tem sido decisiva nesse processo, garantindo que não apenas respondamos aos problemas, mas que estejamos preparados para evitá-los e mitigá-los no futuro”, concluiu o secretário.

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