Trump retira os EUA do Acordo de Paris e da OMS, anula medidas de Biden e assina perdão

No primeiro dia de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump deu início a uma série de ações executivas que marcaram o retorno de sua gestão com decisões polêmicas e radicais. Entre os atos mais significativos estão a saída dos EUA do Acordo Climático de Paris, a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a revogação de 78 medidas do governo Biden. As ações refletem uma postura de ruptura com políticas anteriores e reafirmam algumas de suas agendas mais controversas.

Retirada dos EUA do Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um compromisso global firmado em 2015 por quase 200 países para combater as mudanças climáticas. Ele visa limitar o aquecimento global a menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, com esforços para restringir o aumento a 1,5°C.

A decisão de Trump coloca os EUA ao lado de países como Irã, Líbia e Iêmen, os únicos fora do pacto climático. Em sua ordem executiva, Trump argumentou que o acordo prejudicava a economia americana e impunha “obrigações injustas” aos Estados Unidos. Essa medida já havia sido tomada durante seu primeiro mandato e novamente foi uma de suas primeiras ações no retorno ao cargo.

Saída da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Trump também assinou uma ordem executiva retirando os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão é justificada pela “má gestão da pandemia de COVID-19” e pela alegada falta de independência política da organização. O texto da ordem cita ainda os “pagamentos injustamente onerosos” feitos pelos EUA à OMS, em comparação com outros países membros.

Essa decisão reacende o debate sobre o papel dos Estados Unidos na governança global da saúde, especialmente em um cenário onde a OMS desempenha um papel crucial no combate a pandemias e crises globais de saúde pública.

Revogação de medidas do Governo Biden

Trump anulou 78 ordens executivas do governo Biden, revertendo políticas relacionadas a direitos civis, meio ambiente e governança. Entre as revogações estão:

  • Fim da proteção a pessoas transgênero no serviço militar;
  • Revogação de medidas contra discriminação sexual em agências federais;
  • Anulação da ordem que proibia contratos com prisões privadas;
  • Revogação do compromisso ético para nomeados do poder executivo.

Essas ações sinalizam um retorno às políticas conservadoras que caracterizaram o primeiro mandato de Trump.

Emergência na Fronteira Sul e construção do muro

Trump declarou emergência nacional na fronteira sul, liberando recursos e pessoal do Pentágono para retomar a construção do muro na fronteira com o México. A administração também encerrou o uso de aplicativos que facilitavam a entrada de migrantes nos EUA, sinalizando uma abordagem mais rigorosa à imigração.

Além disso, Trump assinou uma ordem que busca redefinir a cidadania por direito de nascimento, uma medida que promete gerar intensos debates legais e políticos.

Perdão a manifestantes do Capitólio

Outro ato foi o perdão concedido a 1.500 pessoas envolvidas na entrada ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.

Criação do departamento

Trump decretou o congelamento de contratações no governo federal e anunciou a criação do Departamento de Eficiência Governamental, uma nova entidade destinada a monitorar e otimizar a gestão pública. Outras medidas incluem a renomeação de marcos geográficos, como Denali e o Golfo do México, em uma tentativa de “honrar a grandeza americana”.

Repercussão nacional e internacional

As ações de Trump no primeiro dia de mandato geraram reações mistas. Enquanto seus apoiadores elogiam o retorno às políticas “América em Primeiro Lugar”, críticos alertam para o isolamento internacional dos EUA e a potencial erosão de direitos civis e ambientais.

Com a promessa de assinar mais de 100 decretos nos próximos dias, o novo mandato de Donald Trump já se mostra tão polarizador quanto o primeiro, reafirmando seu compromisso em reverter políticas de governos anteriores e implementar sua agenda de forma assertiva.

O que vem a seguir?

As decisões de Trump, especialmente a saída do Acordo de Paris e da OMS, devem enfrentar resistência interna e externa, além de possíveis batalhas judiciais. A comunidade internacional e líderes democratas já sinalizaram que contestarão algumas dessas medidas, estabelecendo um início de mandato marcado por conflitos e debates intensos.

Com uma abordagem controversa desde o início, o segundo mandato de Trump promete continuar moldando o cenário político e global de forma imprevisível.

The post Trump retira os EUA do Acordo de Paris e da OMS, anula medidas de Biden e assina perdão appeared first on Agora No Vale.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.