Governo de Israel aprova cessar-fogo com Hamas e primeiros reféns serão libertados no domingo

Após semanas de intensas negociações, o governo de Israel oficializou, nesta sexta-feira (17), o acordo de cessar-fogo com o Hamas, marcando uma trégua no conflito que já dura mais de 467 dias na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Ministros, onde 24 integrantes votaram a favor e oito foram contrários.

Reféns serão libertados

A primeira fase do acordo prevê a libertação de 33 reféns israelenses, que serão devolvidos de forma gradual, começando no próximo domingo (19). Em troca, Israel compromete-se a libertar centenas de prisioneiros palestinos. O restante dos reféns — cerca de 65 pessoas — pode ser libertado em uma eventual segunda etapa.

Entre os reféns estão crianças, mulheres e idosos que foram sequestrados durante a invasão do Hamas ao sul de Israel em outubro de 2023. A comunidade israelense, ainda abalada pelos eventos, aguarda ansiosamente a concretização do acordo, que também prevê a suspensão dos bombardeios na Faixa de Gaza.

Desafios no Governo de Netanyahu

A aprovação do cessar-fogo não ocorreu sem tensões internas. Membros linha-dura do governo de Benjamin Netanyahu, como o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, expressaram veemente oposição ao acordo. Eles classificaram a medida como uma “capitulação ao Hamas” e alertaram para possíveis riscos à segurança de Israel.

Apesar das críticas, Netanyahu conseguiu apoio suficiente para ratificar o acordo, destacando a importância da mediação internacional de países como Catar, Egito e Estados Unidos.

Impactos do conflito

O conflito entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023, quando o grupo lançou um ataque surpresa ao sul de Israel, resultando na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 200 israelenses. Desde então, a guerra causou quase 48 mil mortes e devastou a Faixa de Gaza, onde 2,3 milhões de pessoas vivem em condições críticas devido aos bombardeios e à destruição generalizada.

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