HANSENÍASE; VIGILÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA; VIGILÂNCIA DE EVENTO SENTINELA; BUSCA DE COMUNICANTE

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BOIGNY, R. N. et al. Sobreposição da hanseníase em redes de convívio domiciliar: gerações envolvidas, densidade de casos e perfis sociodemográfico e econômico em municípios do Norte e Nordeste do Brasil. Cadernos Saúde Coletiva, v. 32, n. 1, p. e32010541, 2024. Disponível em Scielo

Introdução: O caráter persistente de elevada endemicidade da hanseníase em áreas específicas no Brasil segue um desafio. O reconhecimento de redes de convívio domiciliar (RCD) de casos de hanseníase, com base no entendimento sobre riscos e vulnerabilidades ampliadas, é estratégico para controle. Objetivo: Analisar a ocorrência da hanseníase em diferentes gerações, a densidade de casos e os perfis sociodemográfico e econômico vinculados a redes de convívio domiciliar (RCD) com sobreposição da doença em municípios do Norte e Nordeste do Brasil. Método: Estudo transversal, com dados primários de casos de hanseníase que fazem parte de uma RCD com no mínimo dois casos da doença. Empregou-se regressão logística para estimar razão de chances (OR) com intervalos de 95% de confiança (IC95%). Resultados: Duzentos e trinta e três (233) casos de hanseníase foram abordados, vinculados a 137 RCD. Em 53,2% (n=171) dos casos a doença atingiu duas gerações e em 20,2% (n=47), três gerações. Verificou-se maior chance de acometimento de duas ou mais gerações com diagnóstico apenas entre consanguíneos na RCD (OR-Ajustado= 4,35, IC95% 2,15–8,81) e diagnóstico de outros casos antes e depois (OR-Ajustado =8,51, IC95% 3,52–20,60). A maioria pertence a RCD com mais de três casos, com média de 4,1 casos por RCD (desvio padrão=3,3). Conclusões: O reconhecimento da sobreposição de casos de hanseníase em uma RCD, o número de gerações acometidas e a densidade de casos podem ser utilizados como indicadores-sentinela da situação epidemiológica e da capacidade operacional para a vigilância da hanseníase.

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