O que falta saber sobre a queda do avião em Gramado

Segue o trabalho de equipes de investigação sobre a queda do avião de pequeno em Gramado, na manhã de domingo, deixando 10 mortos e 17 feridos. Entre as vítimas estão integrantes de uma mesma família, entre elas jovens (foto).

A aeronave decolou de Canela às 9h15, com destino a Jundiaí (SP), mas caiu minutos depois, atingindo uma chaminé, o segundo andar de uma residência e uma loja de móveis antes de atingir uma pousada. O acidente ocorreu próximo à Avenida das Hortênsias, uma das áreas mais movimentadas da cidade devido às festividades natalinas.

As vítimas
Entre os mortos está o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, proprietário e piloto do avião. Sua esposa, as três filhas adolescentes, sua sogra, cunhada, concunhado – que também era diretor de sua empresa –, e duas crianças estavam a bordo. A família residia em São Paulo e havia viajado para Gramado para aproveitar as festividades de fim de ano.

Das 17 pessoas feridas em solo, 12 permanecem internadas, sendo duas delas transferidas para Porto Alegre devido à gravidade das queimaduras. Entre as vítimas hospitalizadas estão funcionárias e hóspedes da pousada atingida.

Causas do acidente
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar as causas da queda. Segundo especialistas, a neblina densa e a falta de instrumentos no aeroporto de Canela podem ter contribuído para o acidente. Testemunhas relataram baixa visibilidade no momento da decolagem.

Gerardo Portela, doutor em Gerenciamento de Riscos, afirmou que as condições climáticas dificultaram o voo, enquanto Lucas Fogaça, coordenador de ciências aeronáuticas da PUC-RS, destacou que o aeroporto de Canela permite apenas voos visuais, o que exige boas condições de visibilidade.

Outro fator em análise é a possibilidade de erro no abastecimento do avião. Testemunhas relataram um forte cheiro de querosene no local, o que levantou a hipótese de uso de combustível inadequado.

A investigação
A Polícia Civil e a Aeronáutica estão conduzindo a apuração. Parte dos destroços será analisada para identificar as possíveis causas do acidente. De acordo com especialistas, acidentes dessa natureza geralmente envolvem uma sequência de falhas.

O modelo Piper PA-42 1000 Cheyenne, utilizado no voo, é considerado seguro, mas requer condições adequadas para operar. A investigação deve determinar se houve falha mecânica, erro humano ou fatores externos que contribuíram para a tragédia.

A área foi isolada para garantir a segurança e facilitar os trabalhos de remoção e análise. As autoridades continuam monitorando a situação da pousada atingida, que apresenta risco de desabamento.

Impacto na cidade
A queda aconteceu em um dos períodos mais movimentados de Gramado, conhecido por atrair milhares de turistas durante o Natal. Os hóspedes da pousada foram transferidos para outros locais, e as ruas próximas permanecem interditadas.

O governo do Rio Grande do Sul e a empresa de Galeazzi divulgaram notas lamentando a tragédia e se comprometendo a acompanhar as investigações.

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