Homem confessa esquartejamento de menino em SP, incluindo decapitação

O homem de 46 anos preso como principal suspeito de assassinar e esquartejar Mateus Bernardo Valim, de 10 anos, confessou o crime durante depoimento à polícia na quarta-feira (18). Luis Fernando Silla de Almeida relatou que o crime ocorreu no mesmo dia em que o menino foi dado como desaparecido, em 11 de dezembro.

O corpo de Mateus foi encontrado na terça-feira (17), às margens de um rio, em uma mata atrás de um clube em Assis, interior de São Paulo. O menino desapareceu após sair de casa, na Rua André Perini, para andar de bicicleta e não retornar. Ele foi sepultado no Cemitério Municipal de Assis na quarta-feira.

Em coletiva de imprensa, o delegado Tiago Bergamo Martins explicou que Luis disse que ele e Mateus haviam combinado de ir até o local próximo ao rio para andar de bicicleta. Lá, os dois se desentenderam, o que resultou em agressões mútuas. “Eles foram ao rio e houve agressões ali. Após ele [Luis] ter tacado uma pedra no menino, ele voltou, pegou uma serra e tirou os braços e a cabeça”, afirmou o delegado.

A polícia ainda informou que, após atingir Mateus com a pedra, Luis percebeu que o menino havia morrido. Ele então foi até sua casa, pegou uma serra e desmembrou o corpo para dificultar a identificação. As imagens das câmeras de segurança corroboraram o depoimento do suspeito. Luis, que era amigo da família e frequentava a casa de Mateus, foi descrito pelo delegado como um “cavalo de Tróia”, pois tinha uma relação próxima com a mãe e a tia do menino, além de consertar sua bicicleta.

Tiago Bergamo acrescentou que o crime não foi premeditado e que Luis teria encontrado Mateus naquele local com outras intenções, que ainda estão sendo investigadas. A polícia aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para avaliar as lesões causadas a Mateus. A motivação do crime segue sendo um mistério.

Após ser preso, Luis Fernando Silla de Almeida foi submetido a exame de corpo de delito e à audiência de custódia. Inicialmente, ele foi liberado após apresentar versões contraditórias, mas teve sua prisão temporária decretada. Outras sete pessoas foram ouvidas na investigação. A prisão foi autorizada pelo Poder Judiciário, e o suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública de Presidente Venceslau, onde permanece à disposição da Justiça. O caso segue sob sigilo e está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Assis.

A Polícia Civil, com o apoio do Canil da Polícia Militar, encontrou o corpo de Mateus no bairro Tênis Clube. Seus familiares reconheceram suas roupas. Uma câmera de segurança registrou os últimos momentos de vida de Mateus, que havia saído de casa para andar de bicicleta no dia 11 de dezembro, sendo visto pelas ruas antes de desaparecer.

 

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