No Sul do AP, 5 pessoas são presas e base com aeronave usada em garimpo ilegal é desarticulada 


Operação Renorcrim foi realizada em Laranjal do Jari na quarta-feira (27). Segundo a polícia, mais de R$ 1 milhão em bens foram apreendidos. Dados foram divulgados neste sábado (30).  Aeronave era usada no transporte do material do garimpo
Polícia Civil/Divulgação
Na última quarta-feira (27) cinco pessoas foram presas e uma aeronave foi localizada em Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, durante a 1ª fase da operação Renorcrim.
O material, segundo a polícia, era usado num garimpo ilegal da região. A Polícia Civil informou que mais de R$ 1 milhão em bens foram apreendidos. As informações foram divulgadas neste sábado (30).
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De acordo com a polícia, o local onde a aeronave foi encontrada servia como uma base de suporte logística para as atividades do garimpo. Entre os materiais aprendidos estão: 
Uma aeronave usada para transporte de materiais ilícitos;
Três espingardas; 
Lunetas de uso restrito e uma pistola calibre 40 com numeração raspada; 
Munições calibres 22 e 40;
Carotes de combustível; 
Ouro bruto; 
Antena de internet Starlink;
Um GPS portátil; 
Diversos objetos utilizados na prática de garimpagem ilegal; 
As investigações preliminares indicaram que a pistola encontrada pertence a um Guarda Civil Municipal da cidade. A gestão municipal não se pronunciou sobre o assunto. 
Entre as cinco pessoas presas estão os mecânicos, o piloto da aeronave e os operadores. A polícia informou que os presos foram contratadas por uma pessoa apontada como líder do esquema criminoso. 
Ainda segundo a polícia, durante o interrogatório, o piloto afirmou já ter sobrevivido a quatro acidentes aéreos durante o transporte dos ilícitos. 
Material apreendido durante a operação
Polícia Civil/Divulgação
O Delegado Ismael Nascimento, responsável pelo caso, destacou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.
“Nosso objetivo é desmantelar essa estrutura que atua em prejuízo do meio ambiente na Amazônia e da sociedade. Esse prejuízo financeiro de mais de R$ 1,2 milhão demonstra a efetividade das ações da Polícia Civil. Vamos continuar com esforços integrados para garantir que essas práticas ilícitas sejam interrompidas”, afirmou.
Local fica numa região de mata
Polícia Civil/Divulgação
Os presos foram encaminhados para audiência de custódia, três deles tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva e serão encaminhados ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), enquanto dois responderão em liberdade. 
A ação desta quarta (27) é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A iniciativa reúne unidades especializadas de todo o país. No Amapá, a operação foi coordenada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) junto a outras unidades da Polícia Civil do Estado. 
Os presos poderão responder pelos crimes de porte ilegal de arma de uso restrito, crimes ambientais, como armazenamento de combustível e uso de motosserra, associação criminosa, usurpação de bens da União e outros crimes correlatos.
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