Conexa, investida de Goldman Sachs e General Atlantic, compra Lina Saúde, seu segundo M&A

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A Conexa, que atua em telemedicina e em terapia online e é responsável por mais de 20 milhões de vidas, anunciou nesta sexta-feira, 29 de novembro, a aquisição da Lina Saúde, dona de um sistema de gestão de saúde baseada em inteligência de dados.

A negociação, que foi realizada por meio de troca de ações, colocou a Lina embaixo do guarda-chuva da Conexa, que se fundiu com a Zenklub, startup de terapia online, há pouco mais de um ano.

A abertura dos M&As vem sendo estruturada pela Conexa há mais de dois anos, e ganhou força na época em que a startup recebeu sua rodada de R$ 200 milhões, liderada pelo Goldman Sachs e General Atlantic – Vivo Ventures, Igah e Kamaroopin são também investidores da startup. No total, a Conexa já levantou mais de R$ 300 milhões em investimentos com diversos fundos.

“Em 2022, nos questionamos qual seria a melhor maneira de olhar além do acesso à saúde e pensar também na jornada do usuário, tornando ela cada vez mais personalizada”, afirma Guilherme Weigert, CEO da Conexa. “Ao estudar o mercado, conhecemos a Lina, que tinha toda essa capacidade de fazer a análise e personalização do cuidado e logo viramos parceiros”.

Na visão do empreendedor, a transição de parceiro para integrante do grupo foi necessária para manter o crescimento da Conexa e ao mesmo tempo trazer mais robustez para a operação da Lina. Com o negócio, todos os acionistas da plataforma passam a ter ações da Conexa.

Com a transação, a Conexa quer aumentar o engajamento com os pacientes, expandindo seu esforço em cuidados preventivos e de doenças crônicas. Com isso, a companhia espera abrir novas vias de receita, ultrapassando as barreiras do digital e atingindo clientes físicos, como hospitais e clínicas.

O fundador da Lina, Matheus Costa Araújo, e Guilherme Weigert, da Conexa
O fundador da Lina, Matheus Costa Araújo, e Guilherme Weigert, da Conexa

A Lina, startup fundada por Matheus Costa Araújo e Marina Christo em 2019, nasceu com o objetivo de auxiliar operadoras e equipes médicas em ações de prevenção e promoção ao cuidado com a vida. Com seus dados, adquiridos a partir de uma pesquisa extensa sobre os pacientes, a empresa capta e engaja clientes que têm, por exemplo, diabetes, obesidade e hipertensão.

Com essas informações, a empresa consegue informar quais são os cuidados ideais para cada pessoa, evitando gastos e possíveis erros médicos e de tratamento.

“Sempre fomos muito passivos em relação a esses tratamentos, já que dávamos os dados e o plano de cuidado, mas quem operacionalizava esses serviços eram as operadoras”, afirma Araújo. “Com a Conexa, conseguimos trazer para dentro de casa esse lado de prestação do serviço e ao mesmo tempo passamos a ter acesso a mais dados para fazer esse cuidado, que muitas vezes se perdiam no meio do caminho entre Lina, operadora e prestador de serviço.”

Agora, com o leque de 1,2 mil clientes corporativos aberto para a companhia, as oportunidades e necessidades crescem. De acordo com o CEO da Conexa, a solução da Lina já está sendo usada por mais de 1,5 milhão de vidas e a expectativa é aumentar esse número em até três vezes nos próximos três anos.

No primeiro momento, os clientes da Conexa não precisam, necessariamente, agregar os serviços da Lina ao seu pacote já adquirido. Porém, na visão de Weigert, essa aquisição de clientes da plataforma tem ocorrido a partir de novos consumidores, que optam por todas as funcionalidades oferecidas pela companhia para seus funcionários.

“Hoje, mais de 75% dos nossos clientes contratam mais de uma solução, o que mostra que a tese de ecossistema faz todo o sentido para eles”, complementa Weigert.

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