Aeronave ligada a Gusttavo Lima alvo de operação policial segue em aeroporto do interior de SP impedida de voar


Avião passava por manutenção no aeroporto de Jundiaí (SP) quando foi alvo de operação, em 4 de setembro. Investigação faz parte da Operação Integration, deflagrada em seis estados. Polícia apreendeu aeronave ligada ao cantor sertanejo Gusttavo Lima, no aeroporto de Jundiaí (SP)
Arquivo pessoal
O jatinho ligado ao cantor sertanejo Gusttavo Lima e à empresa Balada Eventos, que foi alvo de operação policial e apreendida em 4 de setembro deste ano, segue no aeroporto de Jundiaí (SP). O avião agora apresenta restrição para voar e também para transferência.
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O avião foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo, quando passaria por manutenção no aeroporto.
A investigação faz parte da Operação Integration, que chegou a prender a empresária, advogada e influenciadora Deolane Bezerra. A ação foi deflagrada em conjunto com as forças policiais de Pernambuco, Paraná, Paraíba, Minas Gerais e Goiás.
Aeronave foi apreendida no aeroporto de Jundiaí (SP)
Polícia Civil/Divulgação
De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Cessna Aircraft, fabricado em 2008 e com capacidade para nove passageiros e dois tripulantes, aparece com restrição de voo e transferência.
Ainda conforme o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o certificado de aeronavegabilidade da aeronave está suspenso. O motivo, conforme o RAB, são pendências judiciais.
A Rede Voa, que administra o aeroporto, confirmou que a aeronave, prefixo PR-TEN, está hangarada em Jundiaí, e que não tem permissão para voar. Quando ocorreu a operação, o registro do avião tinha “situação normal”.
Avião apreendido em Jundiaí (SP) tem registro em nome da empresa do cantor sertanejo Gusttavo Lima
Reprodução/Redes Sociais
Venda da aeronave
À época da operação, uma testemunha ligada ao hangar onde a aeronave estava disse que a Polícia Civil foi ao local e informou à empresa do aeroporto que o avião não poderia sair de lá. A aeronave segue registrada em nome da empresa Balada Eventos e Produções LTDA, do cantor.
Em setembro, o advogado da empresa, Cláudio Bessas, informou ao g1 que a aeronave foi vendida por meio de contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB-Anac), para a empresa J.M.J Participações.
“Portanto, a empresa J.M.J é a proprietária e está registrada no RAB da Anac como operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão”, disse.
A Anac, também em setembro, confirmou ao g1 que havia uma negociação, porém, a empresa de Gusttavo Lima ainda constava como proprietária do avião.
“Conforme consta no próprio registro da aeronave, a JMJ está registrada como operadora e o gravame da aeronave está indicado como cláusula de reserva de domínio, ou seja, a vendedora ainda detém a propriedade e posse indireta do bem alienado enquanto o pagamento integral não é concluído, o comprador tendo apenas a propriedade direta”, completou.
A assessoria do cantor não se manifestou sobre o caso.
Pedido de arquivamento
Recentemente, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu o arquivamento da denúncia sobre a venda e a devolução da aeronave do cantor Gusttavo Lima para o empresário Darwin Henrique da Silva, da Esportes da Sorte, dentro da Operação Integration.
Segundo manifestação do MPPE, não existem provas que justifiquem o indiciamento do artista.
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19 mandados de prisão
Gusttavo Lima tem avião apreendido em operação contra esquema que prendeu Deolane Bezerra
A ação mirava uma organização criminosa que, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, movimentou R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais.
Conforme a polícia, foram cumpridos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR), Goiânia (GO) e em Minas Gerais.
A Polícia Civil divulgou que, além da apreensão do avião, um carro de luxo foi apreendido na mansão de Deolane, em um condomínio de alto padrão em Barueri. Além disso, foram feitos o sequestro de bens e pedido de bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões dos investigados.
Em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, um helicóptero também foi apreendido. Os endereços que foram alvo dos mandados e o helicóptero apreendido teriam ligação com a empresa de apostas esportivas online Vai de Bet.
Operação contra jogos ilegais
As investigações da operação Integration começaram em abril de 2023. Conforme a Polícia Civil, a operação investiga uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
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