A Teachy quer levar IA para a educação. A Goodwater Capital, que investiu no Facebook, “comprou” a ideia

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Focada em transformar a maneira como professores e alunos encontram e criam conteúdos por meio da inteligência artificial, a Teachy, startup com dois anos de vida, levantou uma rodada Série A de R$ 40 milhões e colocou o Brasil no mapa dos fabricantes de IA.

A captação foi liderada pelo Goodwater Capital, fundo de venture capital especializado em tecnologia de consumo que já investiu em gigantes como Facebook, Spotify e Twitter. Reach Capital, Endeavor, NXTP e Roble Ventures também participaram da rodada.

“Sempre quisemos provar que é possível criar tecnologia de ponta no Brasil e com esse investimento, recebemos a comprovação disso”, afirma Pedro Siciliano, cofundador e CEO da Teachy. “Com o aporte, poderemos avançar na construção de um time de engenharia e design no Brasil, além de acelerar o nosso crescimento internacional.”

Fundada em 2022 por Siciliano, ex-professor e engenheiro com MBA pela Universidade de Stanford, e Fábio Baldissera, engenheiro e empreendedor em série, a startup busca reduzir em 80% o tempo dedicado por professores fora das salas de aula, com funções como planejamento de aulas, elaboração de atividades e correção de trabalhos.

Atualmente, os docentes separam cerca de 20 horas semanais para cumprir tais tarefas e, com a tecnologia da Teachy, que oferece e produz materiais alinhados ao currículo, todos personalizáveis com IA, esse número pode ser reduzido para 4 horas semanais.

Pedro Siciliano e Fábio Baldissera, cofundadores da Teachy

“Não é justo que metade da semana dos professores seja gasta fora da sala de aula com burocracias, que não adicionam muito valor aos alunos”, afirma o CEO.

É com essa premissa que a Teachy já atingiu mais de 1 milhão de professores em sua plataforma, especialmente na América Latina e na Ásia, impactando globalmente mais de 60 mil escolas e 10 milhões de alunos em mais de 170 países.

Atualmente, o modelo de negócio da Teachy conta com mensalidades pagas tanto por professores como por escolas. Porém, a expectativa dos empreendedores é que, em pouco tempo, as escolas sejam as responsáveis por pagar essa conta.

“O nosso foco é trazer IA de ponta para essas 60 mil escolas, que conseguem assim dar uma qualidade de vida melhor para seus professores”, diz Siciliano. “Além disso, também existe um benefício nítido de aumento de notas dos alunos que são afetados pelos materiais da Teachy. 95% dos professores presenciaram aumento nas notas dos alunos com a tecnologia”.

Com essa premissa, a empresa planeja expandir seus serviços para todo o hemisfério sul, que, em sua maioria, conta com as mesmas dificuldades educacionais vistas no Brasil.

Segundo o empreendedor, existem soluções comparáveis no mundo, mas nenhuma atinge esse público e sabe as dores que eles precisam ultrapassar. “Nos Estados Unidos, todo mundo tem conectividade e pelo menos um celular, o que sabemos que não é realidade em grande parte do Brasil”, afirma Siciliano.

“É esse diferencial que faz com que escolas de países como Indonésia e México vêm nos procurar para utilizar essa tecnologia brasileira, que muitas vezes foi subestimada pelo resto do mundo”, diz o CEO.

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Neofeed

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