Governo afasta servidores após morte de detento em penitenciária de Canoas

Cinco servidores da Penitenciária Estadual de Canoas 3 (Pecan) foram afastados após a execução de um líder de facção dentro da unidade no sábado (23). A decisão foi anunciada pelo governador em exercício, Gabriel Souza, para garantir uma apuração isenta sobre o ocorrido.

Entre os afastados estão dois agentes presentes no turno, o chefe de segurança do complexo, o responsável pela galeria onde ocorreu o crime e o diretor das unidades Pecan 2, 3 e 4. Segundo o governo, um dos servidores havia recebido uma carta do detento alertando sobre ameaças de morte.

Para intensificar a segurança, três revistas diárias estão sendo realizadas na galeria, e varreduras foram iniciadas em outras unidades prisionais do estado. A entrada da arma utilizada no crime, uma pistola 9 mm, ainda está sob investigação, com suspeitas de que possa ter chegado via drone.

Além disso, medidas de reforço na segurança externa incluem a atuação de 500 policiais militares para evitar possíveis retaliações entre facções. O governo também anunciou avanços no bloqueio de sinal de celular em prisões e a construção de novas unidades em São Borja e Passo Fundo, com capacidade total para 800 detentos.

Dois suspeitos foram presos em flagrante pelo crime. A investigação segue para esclarecer a dinâmica da execução e outras possíveis falhas no sistema de segurança da penitenciária.

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